Roubos e furtos de dispositivos móveis não são incomuns, principalmente em grandes cidades. Com isso, métodos cada vez mais avançados estão sendo desenvolvidos para protegê-los. Enquanto alguns proprietários optam, por exemplo, por seguros contra essas ocorrências, algumas medidas mais simples podem ajudar a proteger o celular em caso de roubo.

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Roubo e furto de celulares

Só em 2022 foram quase 1 milhão de celulares roubados ou furtados: segundo dados do 17° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 999.223 dispositivos móveis foram levados, um aumento de 16.6% em relação a 2021.

Seguros contra esse tipo de ocorrência já estão disponíveis, cobrindo o valor integral ou boa parte do valor do aparelho. Ainda assim, as informações contidas neles, como senhas de redes sociais, dados pessoais, imagens e até aplicativos de banco, ainda ficam nas mãos dos criminosos.

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Ilustração de furto de celular
Uma dica simples para evitar furtos é deixar o celular escondido em algum lugar que você possa ver (Imagem: Alejandro J. Vivas/Shutterstock)

Como proteger o celular

  • Marcos Simplicio, professor do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), lembrou, em entrevista Jornal da USP, que a forma mais básica de proteger o celular é colocando uma senha de bloqueio inicial.
  • No entanto, ele não recomenda que essa senha (ou qualquer outra) seja anotada no próprio dispositivo, como no bloco de notas ou no WhatsApp. Isso porque muitos furtos acontecem com o aparelho desbloqueado e o criminoso teria acesso de qualquer forma.
  • Aplicativos protegidos para o armazenamento desses códigos pode ser uma alternativa, mas ainda seria necessário decorar a chave de entrada.
  • Outras técnicas simples de proteção, que diminuem o risco de algum problema, incluem adicionar biometria, reconhecimento facial ou desbloqueio com um desenho, dependendo do sistema.
  • Uma terceira forma eficaz de proteção e que muita gente esquece é ativar a localização do aparelho, possibilitando que as informações contidas nele sejam apagadas remotamente.
Número de roubos e furtos chegou a quase 1 milhão em 2022 (Imagem: Andrey_Popov – Shutterstock)

E os aplicativos de banco?

Esse é um ponto mais complexo. Ao mesmo tempo que muitas pessoas deixam esses apps no celular para fazer transações de forma fácil, por exemplo, o acesso também é facilitado para o criminoso.

Acaba sendo uma faca de dois gumes, porque você tem toda a facilidade de ter um banco na sua mão e, em um cenário de sequestro, o bandido também.

Marcos Simplicio

Uma dica do professor é o que muitas pessoas já vêm fazendo: não ter esses aplicativos no aparelho principal, mas em um protegido e guardado em casa.

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Outra forma simples é não deixar esses apps na tela principal do celular, os escondendo e definindo comandos secretos para desbloqueá-los. No entanto, caso esse gesto seja descoberto, o programa do banco volta a estar desprotegido.

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