É impossível imaginar como seria a vida hoje sem os smartphones. Mas esses dispositivos tão numerosos quanto fundamentais geram um enorme problema na hora do descarte. Estudos apontam que eles são abandonados, em média, dois anos e meio após a compra. No entanto, alguns processadores podem funcionar sem falhas por mais de 10 anos. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores propõe uma forma de reutilizar os aparelhos, minimizando os impactos ao meio ambiente.

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Problemas ambientais

  • Problemas de bateria, telas quebradas, softwares obsoletos ou simplesmente o lançamento de um novo modelo são alguns dos motivos que nos fazem trocar de celular.
  • Cerca de 1,5 bilhão de smartphones são vendidos anualmente, e quase o mesmo número é desativado nesse mesmo período.
  • Nesses casos, os dispositivos ficam, em grande parte das vezes, em gavetas ou caixas por décadas, sem nenhum tipo de uso.
  • Em outros, são enviados para reciclagem.
  • Para cada um milhão de aparelhos reciclados, mais de 35 mil quilos de cobre podem ser recuperados, juntamente com quantidades menores de prata, ouro e paládio, de acordo com informações da Tech Xplore.
  • Essas e outras matérias-primas podem ser usadas para produzir novos bens de consumo, como peças automotivas, joias, móveis de jardim e baterias.
  • No entanto, esse processo envolve a queima de combustíveis fósseis, gerando impactos ambientais.

Dando uma nova vida aos smartphones descartados

  • Nesse cenário, fica um grande questionamento: como reaproveitar os materiais e evitar maiores danos ao nosso planeta?
  • Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego publicaram um artigo propondo uma alternativa.
  • “É preciso uma quantidade espetacular de energia para fabricar tecnologia de computador moderna e de alto desempenho. O artigo explora como tornar a computação mais sustentável, encontrando novos usos para dispositivos que a sociedade já pagou o custo de carbono para fabricar”, disse o professor Pat Pannuto.
  • A ideia deles é “ressuscitar” bilhões de smartphones descartados e reimplantá-los como processadores funcionais, que podem ser utilizados, por exemplo, em sites de mídia social e como sensores de monitoramento de vida selvagem.
  • A pesquisa ainda sugere que os computadores antigos e sem uso podem aumentar a capacidade de computação global e, ao mesmo tempo, suplantar a fabricação de novos dispositivos.
  • “Para dispositivos com vida útil mais curta, como smartphones, 80% ou mais da pegada de carbono ao longo da vida vem da energia gasta para fazer o dispositivo, não da energia que ele usou enquanto funcionou. Quantos telefones, laptops e desktops antigos estão acumulando poeira? Vamos ver se conseguimos encontrar uma segunda vida útil para eles!”, aponta Pannuto.

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