Estudantes brasileiras identificam oito possíveis asteroides em programa da Nasa

As participantes receberam treinamento para identificar possíveis asteroides e elaborar relatórios com as descobertas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 25/08/2023 15h10
Asteroides
Imagem: buradaki/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Oito possíveis asteroides foram identificados por um grupo de cinco estudantes brasileiras do Ensino Fundamental, Médio e de Graduação, além de integrantes do projeto de extensão Meninas na Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As descobertas ocorreram em atividades realizadas em parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) com o International Astronomical Search Colloboration (IASC) da Nasa, a agência espacial americana.

Leia mais

Oito possíveis asteroides identificados

  • O grupo é formado por Ana Lindsey Nogueira Fernandes, Ana Isadora Calazans Martins, Vanessa Bitencourt Stuart, Helen Moreira Santos e Rafaella Amorim Rios: cientistas de 14 a 22 anos, três delas de instituições públicas e duas da rede privada.
  • Elas participaram das duas competições entre julho e agosto deste ano.
  • Na campanha nacional promovida pelo MCTI, um asteroide foi descoberto e classificado como identificação preliminar.
  • Na campanha internacional, outros sete asteroides preliminares foram encontrados, segundo informações da UFSC.
  • A competição de Caça Asteroides acontece a partir do acesso às imagens captadas por telescópios (Pan-STARRS, pertencente à Universidade do Havaí), que são disponibilizadas no site do IASC e analisadas pelas equipes participantes com o auxílio do software Astrometrica.

Treinamento para identificação de asteroides

  • Os participantes receberam treinamento presencial, aprendendo a realizar a identificação dos objetos astronômicos e a elaborar e enviar os relatórios com os possíveis asteroides encontrados.
  • A professora Gabriela Kaiana Ferreira e as bolsistas do curso de Física, Caroline Conti e Julia Medeiros realizaram o treinamento e participaram de todo o processo.
  • “O programa de caça à asteroides contribuiu para que essas meninas de idades e contextos variados se percebessem capazes e pertencentes ao contexto da prática científica, inclusive desmistificando estereótipos e preconceitos de gênero”, explicou a professora. 

O que acontece a partir de agora

  • A detecção preliminar é catalogada após uma análise criteriosa das imagens.
  • Os relatórios enviados pelas equipes são revisados e validados pelo IASC, para então serem submetidos ao Minor Planet Center (MPC), em Harvard, nos Estados Unidos.
  • O MPC é reconhecido pela União Astronômica Internacional (IAU), como o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides.
  • Se confirmadas as detecções preliminares, após a validação, numeração e catalogação pelos grupos responsáveis, as alunas terão oportunidade de sugerir nomes aos asteroides.
  • Esse processo leva de três a cinco anos para ser concluído.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

Ícone tagsTags: