O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou na sexta-feira (25) um relatório preliminar indicando que o desempenho abaixo do esperado das usinas próximas à linha de transmissão Quixadá — Fortaleza II, de propriedade da Chesf, pode ter sido a causa da queda de energia que afetou 25 estados e o Distrito Federal no dia 15 de agosto. 

 Segundo divulgado pela Agência Brasil, a avaliação foi apresentada e discutida durante a primeira reunião técnica para a elaboração do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), que deverá ser concluído em cerca de 30 dias.  

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A linha de investigação mais consistente aponta esse desempenho abaixo do esperado como um segundo evento que desencadeou todo o processo de desligamentos que aconteceram em seguida. O evento do dia 15 de agosto interrompeu mais de 22 mil MW de energia em 25 estados e no Distrito Federal. 

ONS, em nota. 

O Operador explicou que com as informações recebidas dos agentes após a ocorrência, foi possível reproduzir, no ambiente de simulação, a perturbação do dia 15 de agosto. A entidade destacou ainda que “o problema identificado não tem relação direta com o tipo de fonte geradora”.

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O que aconteceu? 

  • Na terça-feira (15) um apagão de energia atingiu o Brasil. A interrupção começou às 8h30, com queda no fornecimento de 19 mil megawatts, cerca de 27% da carga total (73 mil MW) naquele horário; 
  • Nas redes sociais, relatos apontaram para queda de luz em praticamente todo o país; 
  • Capitais como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Belém e Florianópolis ficaram entre as afetadas pelo apagão; 
  • Em muitos locais, a energia voltou poucos minutos depois. 

No dia 16 de agosto, a ONS se pronunciou apontando que, inicialmente, a queda se deu após um software de proteção chamado ERAC (Esquema Regional de Alívio de Carga) desligar o sistema por conta de uma alteração brusca de carga, o que corrobora com o novo relatório sobre desempenho abaixo do esperado. O ERAC desativou todo o sistema devido ao risco de sobrecarga — entenda melhor aqui

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu em outra ocasião que a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investiguem se houve intervenção humana no apagão. A apuração corre em sigilo.

O ONS reforçou que “dada a complexidade do evento” vai continuar aprofundando as análises. Uma nova reunião de avaliação está marcada para o dia 1º de setembro. 

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