Temperatura no polo sul da Lua é medida pela primeira vez com a Chandrayaan-3

Sonda indiana atinge feitos científicos em uma das áreas mais visadas do satélite natural. Chandrayaan-3 segue os trabalhos na Lua
Por Lucas Soares, editado por Bruno Capozzi 28/08/2023 18h37, atualizada em 29/08/2023 21h00
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A sonda indiana Chandrayaan-3 segue cumprindo com sucesso seus objetivos na Lua. No último domingo (27), o equipamento ChaSTE, ou Experimento Termofísico de Superfície do Chandra, mediu a temperatura do polo sul lunar usando seus sensores.

O ChaSTE é uma das cargas úteis que a sonda levou até a Lua. O objetivo do experimento é medir os perfis de temperatura no solo da parte sul lunar. Os dados podem ajudar os cientistas a entenderem o comportamento térmico dessa região.

ChaSTE (Experimento Termofísico de Superfície do Chandra) mede o perfil de temperatura da camada superficial do solo lunar ao redor do pólo, para compreender o comportamento térmico da superfície da lua. Possui sonda de temperatura equipada com mecanismo de penetração controlada capaz de atingir uma profundidade de 10 cm abaixo da superfície. A sonda está equipada com 10 sensores de temperatura individuais.

De acordo com dados divulgados pela Agência Espacial Indiana (ISRO)

A ISRO divulgou ainda um gráfico que mostra  variações de temperatura da superfície lunar/próxima à superfície em várias profundidades.

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Chandrayaan-3 fazendo história na Lua

Conforme noticiado pelo Olhar Digitalna última quarta-feira (23), a sonda Chandrayaan-3, da Índia, pousou em solo lunar, colocando o país entre os únicos quatro do mundo a chegar à superfície da Lua. Neste grupo seleto estão também os EUA, a China e a Rússia (que alcançou o feito na época da União Soviética e acaba de fracassar na primeira nova tentativa feita quase meio século depois).

Chandrayaan-3 é a primeira espaçonave da história a pousar próximo ao polo sul lunar, uma área que atualmente está atraindo a atenção de cientistas e agências espaciais de todo o mundo.

Acredita-se que as crateras polares permanentemente sombreadas contêm gelo de água preso nas rochas, que poderia ser extraído e usado para apoiar uma presença humana permanente no satélite natural da Terra. Além disso, essas crateras lunares poderiam ser usadas para construir telescópios de próxima geração que permitiriam aos astrônomos ver mais longe do que podem atualmente.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.