Mapa que usa IA pode ajudar a combater as mudanças climáticas

O mapa Satlas usa imagens de satélites da ESA e IA, e pode avaliar como a cobertura das árvores mudou ao longo do tempo, por exempl
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 31/08/2023 15h50, atualizada em 31/08/2023 17h12
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Imagem: reprodução/Satlas
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Um mapa que utiliza inteligência artificial está sendo usado para criação de projetos de energia renovável, bem como para análise da cobertura vegetal no planeta. Essas informações podem ser aliadas da ciência para minimizar os impactos do aquecimento global, por exemplo. A ferramenta chamada Satlas, do Allen Institute for AI, foi criada pelo cofundador da Microsoft, Paul Allen.

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O Satlas

O mapa Satlas usa imagens de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA). O problema, no entanto, é a falta de resolução. As imagens ficam extremamente embaçadas.

E é aí que entra a inteligência artificial. Usando modelos de aprendizado profundo para preencher detalhes, o recurso “Super-Resolução” consegue gerar imagens nítidas do solo do planeta, mostrando árvores, plantas e construções.

Os dados do mapa são atualizados mensalmente e incluem partes do planeta monitoradas pelos satélites. Isso inclui a maior parte do mundo, exceto a Antártica e os oceanos.

Mapa da cobertura vegetal no planeta (Imagem: reprodução/Satlas)

Possíveis usos para o mapa com IA

  • As imagens podem ser comparadas para, por exemplo, avaliar como a cobertura das árvores mudou ao longo do tempo em um determinado espaço.
  • Essas informações são fundamentais para a criação de planos e metas climáticas.
  • Apesar dos avanços da tecnologia, o Satlas ainda precisa de alguns ajustes. “Você pode chamá-lo de alucinação ou baixa precisão, mas estava desenhando edifícios de maneiras engraçadas. Talvez o edifício seja retangular e a maquete possa pensar que é trapezoidal ou algo assim”, observa Ani Kembhavi, diretora sênior de visão computacional do Allen Institute.
  • Essas distorções podem ser causadas pelas diferenças na arquitetura de cada região, o que o modelo não consegue prever, segundo informações são da The Verge.

Próximos passos

Para o futuro, o Allen Institute planeja expandir o Satlas para fornecer outros tipos de mapas, incluindo um que possa identificar que tipos de culturas são plantadas em todo o mundo.

“Nosso objetivo era criar um modelo de base para monitorar nosso planeta. E então, uma vez que construímos esse modelo de base, o ajustamos para tarefas específicas e, em seguida, disponibilizamos essas previsões de IA para outros cientistas para que eles possam estudar os efeitos das mudanças climáticas e outros fenômenos que estão acontecendo na Terra”.

Ani Kembhavi, diretora sênior de visão computacional do Allen Institute

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.