Um estudo recentemente realizado no deserto da Judeia revelou raros artefatos que datam de quase 2 mil anos atrás. As descobertas consistem em espadas romanas escondidas em cavernas que foram provavelmente saqueadas de soldados ou de campos de batalha.

A pesquisa arqueológica foi conduzida por pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Universidade Ariel durante o Projeto de Pesquisa do Deserto da Judeia. Enquanto investigavam a região onde hoje é conhecida como Reserva Natural ‘En Gedi, próxima ao Mar Morto, eles encontram em fendas de uma caverna quatro espadas ainda dentro de suas bainhas de couro.

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Espadas e outros artefatos nas cavernas

Os artefatos datam de cerca de 1900 anos atrás e envolvem quatro espadas romanas, feitas de metal e madeira; e um pilum, uma arma com cabo atirada como um dardo. Três das espadas possuem 60 centímetros de comprimento e uma 45 centímetros.

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Os objetos estavam em fendas profundas dentro da caverna e acredita-se que foram escondidos no local por rebeldes que os saquearam para serem posteriormente utilizados.

Obviamente, os rebeldes não queriam ser apanhados pelas autoridades romanas portando estas armas. Estamos apenas iniciando a pesquisa sobre a caverna e o esconderijo de armas nela descoberto, com o objetivo de tentar descobrir quem era o dono das espadas, e onde, quando e por quem elas foram fabricadas. Tentaremos identificar o evento histórico que levou ao armazenamento dessas armas na caverna e determinar se foi na época da Revolta de Bar Kokhba em 132-135 dC.

Eitan Klein, diretor do Projeto de Pesquisa do Deserto da Judéia, em comunicado

As armas foram levadas para os laboratórios da Autoridade de Antiguidades de Israel para preservação e conservação, além disso, elas também passarão por outras investigações. Os pesquisadores acreditam que elas podem revelar muitas mais coisas sobre o período em que foram utilizadas e escondidas.

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O projeto responsável pela investigação do Deserto da Judeia vasculhou mais de 800 cavernas em uma área de 170 quilômetros de penhasco, ao longo de seis anos. Acredita-se que além das espadas a região pode esconder ainda mais tesouros arqueológicos que passaram despercebidos durante os saques que aconteceram na região desde 1947.

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