Microsoft investe em nova tecnologia de remoção de CO2 baseada em calcário

Microsoft fecha acordo de financiamento que deve neutralizar emissões equivalentes de cerca de 70 mil carros movidos a gasolina
Bruno Ignacio de Lima07/09/2023 11h49, atualizada em 08/09/2023 21h24
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Em uma iniciativa para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas, a Microsoft se comprometeu a financiar uma nova técnica que usa calcário triturado para remover carbono da atmosfera. O método tradicional, que envolve dispositivos semelhantes a aspiradores gigantes, pode ter encontrado um concorrente eficiente. A empresa planeja usar esse investimento para compensar suas próprias emissões de carbono.

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Segundo informações obtidas pelo Wall Street Journal, a gigante da tecnologia anunciou um acordo para comprar créditos da startup Heirloom Carbon, comprometendo-se com a remoção de até 315 mil toneladas métricas de dióxido de carbono durante um período de 10 anos.

O acordo, que tem um valor de compromisso estimado em pelo menos US$ 200 milhões, se baseia nos preços de mercado e compensará as emissões equivalentes de cerca de 70.000 carros movidos a gasolina por ano. Essa parceria representa um dos maiores compromissos de compra de créditos de remoção de carbono já registrados, ajudando a Microsoft a neutralizar suas emissões.

Microsoft
Imagem: Volodymyr Kyrylyuk/Shutterstock

Como funciona a tecnologia de remoção de CO2 com calcário

A tecnologia da Heirloom Carbon se destaca por seu custo-benefício e eficácia. Utilizando o hidróxido de cálcio, que é derivado da mistura de pó de óxido de cálcio com água, o carbono é absorvido do ar. Em aproximadamente três dias, essa mistura transforma-se novamente em calcário, permitindo que o processo seja reiniciado.

Além do apoio da Microsoft, a Heirloom foi recentemente reconhecida como beneficiária potencial de fundos significativos do governo dos EUA, por meio de um programa da lei de infraestrutura de 2021. Parte do acordo da Microsoft está vinculada ao trabalho da Heirloom em um hub financiado pelo governo em Louisiana, demonstrando como o financiamento federal está impulsionando o crescimento do setor.

Shashank Samala, CEO da Heirloom, comentou sobre o rápido progresso da empresa: “Todos esses diferentes componentes são realmente o que você precisa para ver esta indústria tomar forma. Tem sido um momento bastante intenso para a empresa.”

Fundada em 2020, a Heirloom planeja usar o acordo com a Microsoft para angariar fundos e lançar seu primeiro projeto em larga escala ainda este ano.

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Bruno Ignacio de Lima
Colaboração para o Olhar Digital

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia e conteúdo perene. Atualmente, é colaborador no Olhar Digital.