Um implante biométrico foi criado por pesquisadores da Northwestern University, nos Estados Unidos, capaz de monitorar órgãos transplantados, detectando de forma antecipada sinais de rejeição. O dispositivo atua analisando de forma contínua flutuações de sensibilidade que normalmente ocorrem antes que uma pessoa rejeite um transplante.

Dotado de uma estrutura macia e bem fina (220 micrômetros de espessura), o implante poderia ser colocado diretamente sobre um rim, por exemplo, para detectar irregularidades de temperatura associadas à inflamação e outras respostas que indicam rejeição. O desenvolvimento teve como foco, especificamente, os transplantes renais, mas também pode funcionar para outros órgãos, incluindo fígado e pulmões.

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Implante sem fio e conectado ao celular

O termômetro embutido consegue analisar diferenças de temperatura com precisão de 0,004 graus Celsius. Ao detectar irregularidades, o implante biométrico alerta o paciente ou o médico transmitindo dados sem fio para um smartphone ou tablet próximo.

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Ele usa Bluetooth e atua com mais agilidade, precisão e sem ser invasivo, como acontece em alguns casos de monitoramento tradicional. Por exemplo, as biópsias são invasivas e podem causar sangramento (chegando a oferecer riscos de infecção).

Em testes com um animal pequeno, o dispositivo detectou sinais de alerta de rejeição até três semanas antes dos métodos de monitorização atuais. Esse tempo extra poderia permitir aos médicos intervir mais cedo, melhorando os resultados e o bem-estar dos pacientes. Ao mesmo tempo, isso aumentaria as probabilidades de preservação de órgãos doados, que são cada vez mais preciosos devido à crescente procura e uma crise de escassez na doação.

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