A primeira parte da liberação no Oceano Pacífico da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima foi concluída com sucesso, de acordo com autoridades do Japão. Agora, a instalação onde o líquido está armazenado será inspecionada e passará por um processo de limpeza antes do início da segunda rodada de despejo, o que deve ocorrer em algumas semanas.

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No total, foram 17 dias despejando a água radioativa no oceano neste primeiro momento, totalizando 7.800 toneladas das cerca de 1,34 milhão de toneladas que estão armazenadas nos tanques na usina. Mais 7.800 toneladas serão liberadas nas próximas semanas, após processo de limpeza dos equipamentos.

Segundo as autoridades que acompanham o processo de liberação da água radioativa, todos os dados do mar e dos peixes ficaram muito abaixo dos limites de segurança estabelecidos. As informações são da Tech Xplore.

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Relembre o caso

  • O início da liberação da água radioativa aconteceu no dia 24 de agosto de 2023.
  • O material será descartado no oceano de forma gradual – no máximo 500 mil litros por dia – por meio de uma tubulação subaquática de um quilômetro.
  • O procedimento conta com o aval da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).
  • As autoridades japonesas garantem que o despejo é seguro, uma vez que a água, suficiente para encher 500 piscinas olímpicas e usada para resfriar as barras de combustível da usina de Fukushima, destruída após ser atingida por uma tsunami e um terremoto em 2011, foi totalmente tratada.
  • O governo do Japão ainda afirma que a água foi filtrada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que é difícil de separar da água.
Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, comeu peixes de Fukushima para provar que o consumo é seguro (Imagem: YouTube/Prime Minister’s Office of Japan)

Reações da China

Nos últimos dias, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, participou de diversos encontros internacionais, inclusive no G20, e enfatizou a segurança da liberação da água radioativa no oceano. Ele ainda pediu que a China suspenda a proibição de frutos do mar japoneses.

A medida foi adotada por Pequim sob a justificativa de contaminação dos produtos. Os chineses representam o maior comprador de frutos do mar do Japão e essas restrições já provocaram uma queda de 30% nas vendas japonesas para a China.

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Além das preocupações de países vizinhos, grupos de pescadores japoneses temem que a liberação da água radioativa prejudique ainda mais a reputação do país e, por consequência, a venda de produtos.

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