X (Twitter) volta a ser acusado de permitir discursos de ódio

Relatório aponta que, mesmo após serem denunciadas, postagens que violaram as políticas do X sobre discurso de ódio continuaram no ar
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima 13/09/2023 14h59, atualizada em 13/09/2023 16h52
Celular com logomarca do X, antigo Twitter, em cima de teclado de notebook
Imagem: sdx15/Shutterstock
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A disputa entre o Center for Countering Digital Hate (CCDH), organização de combate aos crimes de ódio na internet, e o X (antigo Twitter) continua. Um mês após Elon Musk processar a entidade, o órgão divulgou um novo relatório acusando a rede social de seguir permitindo discursos de ódio na plataforma.

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Crimes de ódio não foram punidos, diz relatório

  • O relatório do CCDH tem 23 páginas e analisa 300 postagens no X com conteúdo de ódio de 100 contas diferentes.
  • A conclusão deste documento é que, mesmo após denunciar os conteúdos, 259 desses posts foram mantidos no ar por uma semana.
  • Da mesma forma, 90 das contas observadas permaneceram ativas.
  • O Center for Countering Digital Hate destaca que todas as postagens violaram as políticas do X sobre discurso de ódio.
  • Mesmo assim, a rede social não adotou nenhum tipo de medida contra os responsáveis por elas.
  • Ainda de acordo com o Center for Countering Digital Hate, postagens de ódio foram exibidas ao lado de anúncios de 38 empresas, incluindo Apple e Disney. 
Críticas envolvendo discursos de ódio na rede social não são uma novidade (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

X (Twitter) nega as acusações

O antigo Twitter nega as informações publicadas pelo documento. A empresa argumenta que tem “fortes políticas de moderação e fiscalização em vigor”, acrescentando que retira postagens que violam suas regras ou limita seu alcance.

Ainda afirma que o CCDH está “deturpando a situação” ao não levar em conta quantas pessoas viram as postagens. As informações são do The Verge.

As críticas envolvendo discursos de ódio na rede social não são uma novidade. Ao assumir o controle do X, Elon Musk prometeu que o discurso de ódio na plataforma seria “desimpulsionado e desmonetizado”.

Em agosto, o empresário chegou a processar o CCDH alegando que a organização “embarcou em uma campanha de susto” para afastar os anunciantes do X. A empresa também acusou o centro de coletar “ilegalmente” dados da plataforma para a sua pesquisa.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.