A disputa entre o Center for Countering Digital Hate (CCDH), organização de combate aos crimes de ódio na internet, e o X (antigo Twitter) continua. Um mês após Elon Musk processar a entidade, o órgão divulgou um novo relatório acusando a rede social de seguir permitindo discursos de ódio na plataforma.
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- O relatório do CCDH tem 23 páginas e analisa 300 postagens no X com conteúdo de ódio de 100 contas diferentes.
- A conclusão deste documento é que, mesmo após denunciar os conteúdos, 259 desses posts foram mantidos no ar por uma semana.
- Da mesma forma, 90 das contas observadas permaneceram ativas.
- O Center for Countering Digital Hate destaca que todas as postagens violaram as políticas do X sobre discurso de ódio.
- Mesmo assim, a rede social não adotou nenhum tipo de medida contra os responsáveis por elas.
- Ainda de acordo com o Center for Countering Digital Hate, postagens de ódio foram exibidas ao lado de anúncios de 38 empresas, incluindo Apple e Disney.
X (Twitter) nega as acusações
O antigo Twitter nega as informações publicadas pelo documento. A empresa argumenta que tem “fortes políticas de moderação e fiscalização em vigor”, acrescentando que retira postagens que violam suas regras ou limita seu alcance.
Ainda afirma que o CCDH está “deturpando a situação” ao não levar em conta quantas pessoas viram as postagens. As informações são do The Verge.
As críticas envolvendo discursos de ódio na rede social não são uma novidade. Ao assumir o controle do X, Elon Musk prometeu que o discurso de ódio na plataforma seria “desimpulsionado e desmonetizado”.
Em agosto, o empresário chegou a processar o CCDH alegando que a organização “embarcou em uma campanha de susto” para afastar os anunciantes do X. A empresa também acusou o centro de coletar “ilegalmente” dados da plataforma para a sua pesquisa.
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