IA tornará o trabalho mais humano, diz CEO do Slack

Lidiane Jones defende que a IA assuma algumas tarefas, o que permitiria que os humanos focassem em atividades criativas, por exemplo
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 21/09/2023 14h18
inteligência artificial IA
Imagem: shutterstock/Andrey_Popov
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Quase um terço do nosso tempo (32%) é gasto em trabalho performativo ou tarefas feitas para simplesmente parecer produtivo sem contribuir para os objetivos da empresa ou da equipe. As informações fazem parte do relatório State of Work in 2023, do Slack. Mas a chegada da inteligência artificial pode mudar completamente esse cenário, segundo avaliação de Lidiane Jones, CEO da plataforma de mensagens instantâneas desenvolvido para comunicações profissionais e organizacionais.

Leia mais

Divisão do trabalho

  • Para Jones, a IA pode aumentar a produtividade, criando um trabalho mais humano e criativo.
  • Ela defende que a tecnologia pode assumir algumas tarefas, mas que isso depende de uma redefinição na forma como a sociedade encara o trabalho.
  • Além disso, é necessário que os governantes e líderes de empresas invistam na inteligência artificial, dando amplo acesso à ferramenta para os funcionários.
  • As informações são da Fast Company.
IA pode liberar tempo para que desempenhemos tarefas mais importantes no trabalho (Imagem: jittawit21/Shutterstock)

IA pode assumir algumas tarefas

A CEO do Slack argumenta que existem trabalhos que drenam tempo, mas não levam a lugar nenhum. É o caso de agendar chamadas, compartilhar informações manualmente ou correr atrás de atualizações. Para essas tarefas, ela defende que a IA assuma totalmente a responsabilidade.

De acordo com ela, a IA pode automatizar tarefas, resumir conversas, rascunhar respostas e colocá-lo em dia após o tempo de folga. Isso permitira que os humanos focassem no que realmente importa: atividades criativas, construção de relacionamentos, resolução de questões científicas e de engenharia.

Isso nos dá tempo de volta para fazer as coisas com as quais realmente nos importamos, seja experimentar um novo código, resolver os desafios de um cliente, criar ideias criativas de campanha ou orientar uma nova contratação.

Lidiane Jones, CEO do Slack
Lidiane Jones, CEO do Slack (Imagem: divulgação/Slack)

Mas para obter o máximo valor da inteligência artificial, ela destaca que os líderes precisam abraçar e expandir o acesso a essas ferramentas.

Mais de um quarto (27%) dos funcionários dizem que sua empresa incorporou ferramentas de IA como ChatGPT ou Claude para aumentar a produtividade. Esse número só crescerá à medida que a IA se tornar mais acessível. Interfaces de bate-papo, sim, mas também construtores de automação sem código com interfaces de arrastar e soltar que qualquer pessoa pode usar intuitivamente para economizar tempo. Isso pode libertar os funcionários da linha de montagem e capacitá-los a mudar a maneira como trabalham para melhor.

Lidiane Jones, CEO do Slack

Apesar das claras potencialidades da tecnologia, Jones destaca que a IA não está isenta de riscos. Um deles é a possibilidade que dados confidenciais sejam espalhados pela ferramenta.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.