“Aranhas” de Marte podem revelar segredos sobre o solo marciano

Foto que se parece com várias aranhas sobre o solo de Marte fornece informações importantes sobre o desenvolvimento das paisagens marcianas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 02/10/2023 12h25
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Imagem: NASA/JPL-Caltech/UArizona
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Marte sempre despertou o nosso imaginário. Existe vida por lá? E aranhas? Isso porque imagens da superfície marciana mostram o que é chamado de terreno araneiforme (que significa “semelhante a uma aranha”). Os cientistas afirmam que não nenhum indício da presença desses aracnídeos no planeta vermelho. E que as fotos ajudam a entender melhor a história da formação de Marte.

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As “aranhas” marcianas

  • As imagens das “aranhas de Marte” foram feitas pelo Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA.
  • As fotos foram captadas pela câmera HiRise (High Resolution Imaging Science Experiment).
  • Ela é operada por uma equipe baseada na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
  • As informações são da CNET.
“Aranhas” de Marte (Imagem: divulgação/Nasa)

O que se pode descobrir a partir dessas imagens de Marte?

A imagem em questão mostra uma vista para uma cratera com duas características notáveis. Uma delas são as formações escuras que se assemelham a um aglomerado de aranhas rastejando sobre a paisagem.

A outra são as formas geométricas de polígonos que se parecem muito com lama seca. Segundo a Nasa, as imagens estão sendo usadas para estudar a influência da exposição aos raios solares no desenvolvimento de paisagens do tipo no solo marciano.

De acordo com os cientistas, esses padrões de terreno são resultantes da sublimação do gelo abaixo da superfície. Em outras palavras, quando uma substância passa diretamente de um estado sólido para um estado gasoso. Essas formações também já foram avistadas em outras áreas de Marte.

Os pesquisadores detectaram formas semelhantes em ambientes frios da Terra sujeitos a ciclos de congelamento e descongelamento da água. Polígonos marcianos geralmente obtêm sua forma distinta de cristas elevadas. Isso significa que é possível obter informações sobre as condições climáticas e a distribuição do gelo estudando polígonos marcianos.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.