A Organização Mundial de Saúde (OMS) autorizou, nesta segunda-feira (2), a fabricação de uma segunda vacina contra a malária, doença infecciosa causada por protozoários transmitidos pela picada do mosquito fêmea Anopheles. De acordo com o Medical Xpress, a decisão deve oferecer aos países uma opção mais barata e acessível quando comparada ao imunizante atualmente disponível. 

O que você precisa saber: 

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  • A nova vacina foi desenvolvida pela Universidade de Oxford com a ajuda do Serum Institute of India; 
  • Com esquema de três doses, o imunizante é 75% eficaz e mantém a proteção durante pelo menos um ano com um reforço; 
  • O fármaco deverá custar de US$ 2 a US$ 4 e pode estar disponível em alguns países no próximo ano — a depender de financiadores; 
  • A vacina foi aprovada com base no conselho de dois grupos de especialistas da OMS, que recomendaram a utilização em crianças em alto risco. 

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Como investigador da malária, costumava sonhar com o dia em que teríamos uma vacina segura e eficaz contra a malária. Agora temos duas. 

Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. 

A primeira vacina contra a Malária 

A OMS aprovou a primeira vacina contra a malária em 2021, no que descreveu como um esforço “histórico” para acabar com o impacto que a doença tem na África, lar da maioria dos casos e mortes no mundo. 

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Chamada de Mosquirix, o imunizante é fabricado pela GSK, é cerca de 30% eficaz, requer quatro doses e a proteção desaparece em poucos meses.  

Além disso, enquanto a GSK consegue produzir apenas 15 milhões de doses anuais — com apenas uma dúzia de países programados para receber quantidades limitadas — o Serum Institute planeja 200 milhões de doses da vacina de Oxford anualmente. 

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Vale destacar que especialistas da OMS pontuaram que, por ora, não há dados suficientes para determinar qual das vacinas pode ser mais eficaz. Ademais, nenhuma delas também interrompe a transmissão da doença, indicando que apenas as campanhas de imunização não serão suficientes para impedir epidemias. 

Há outros diversos estudos voltados para o desenvolvimento de imunizantes contra a malária. Recentemente, por exemplo, cientistas descobriram duas vacinas experimentais seguras para seres humanos — uma delas com capacidade de retardar a replicação do parasita da doença na corrente sanguínea.