Fenômenos climáticos extremos afetam crianças em todo o mundo

Inundações, tempestades e outros fenômenos têm levado a separação de famílias, exploração e interrupção do acesso à educação e saúde
Rodrigo Mozelli06/10/2023 23h02, atualizada em 07/10/2023 16h44
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Imagem: Piyaset/Shutterstock
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Novo relatório da UNICEF lançado esta semana destaca os impactos cada vez maiores das mudanças climáticas nas crianças ao redor do mundo.

Conforme o relatório, cerca de 20 mil crianças estão sendo deslocadas todos os dias devido aos efeitos de tempestades, inundações, incêndios florestais e outros fenômenos climáticos extremos exacerbados pelas mudanças climáticas, informa o Africa News.

Leia mais:

O que informa o relatório

  • Durante período de seis anos, entre 2016 e 2021, estima-se que cerca de 43 milhões de crianças foram deslocadas devido aos impactos desses eventos climáticos extremos;
  • Os deslocamentos são causados principalmente por inundações e tempestades, que representam 95% dos casos, totalizando cerca de 40,9 milhões de crianças afetadas;
  • Regiões, como o Chifre da África e pequenas ilhas no Caribe, são particularmente vulneráveis a esses fenômenos;
  • Além do deslocamento, as crianças enfrentam uma série de riscos adicionais, como separação de seus pais, exploração, tráfico e abuso;
  • A falta de acesso à educação e cuidados de saúde também se torna um problema quando as crianças são forçadas a deixarem suas casas;
  • Estima-se que as crianças tenham sido deslocadas 1,3 milhão de vezes devido à seca somente nos anos abordados pelo relatório, com a Somália registrando a maioria desses casos.

Meninas em grande risco

Outro ponto alarmante destacado pelo relatório é o aumento do risco para meninas adolescentes. Elas enfrentam maior risco de gravidez precoce e violência durante os deslocamentos causados pelos fenômenos climáticos extremos. Isso evidencia a urgência de se tomar medidas para proteger essa população vulnerável.

Diante desses dados alarmantes, a UNICEF enfatiza a necessidade de os formuladores de políticas e o setor privado considerarem os riscos enfrentados pelas crianças devido aos fenômenos climáticos extremos.

Além disso, é essencial que serviços vitais, como educação e cuidados de saúde, estejam preparados para lidar com desastres e sejam inclusivos, de forma a ajudar as crianças e suas famílias a se recuperarem dessas situações desafiadoras.

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.