X/Twitter testa novos planos de assinatura e pode suspender uso gratuito 

O X (antigo Twitter) planeja reforçar a receita com novas opções de assinatura; uso gratuito da rede social pode acabar
Gabriel Sérvio06/10/2023 10h35
Silhueta de Elon Musk com logotipo do X, antigo Twitter, ao fundo
(Imagem: kovop/Shutterstock)
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O X (o antigo Twitter) pode dividir em breve suas opções de assinatura em três níveis com preços baseados na quantidade de anúncios exibidos. A informação foi divulgada pelo Bloomberg.

  • Segundo uma fonte que participou de uma teleconferência do X nesta quinta (5), a empresa deve dividir os planos em Basic, Standard e Plus.
  • O plano Premium atual (antigo Twitter Blue) custa R$ 42 por mês no Brasil ou R$ 440 anual.
  • Ainda não ficou claro se a versão gratuita da rede social será extinta ou continuará com mais limitações. Também não foram revelados possíveis preços dos novos planos.

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Segundo detalhes descobertos no código do aplicativo por um desenvolvedor, o plano Basic não reduzirá o número de anúncios exibidos para os assinantes. O Standard, por sua vez, diminui o número de propagandas pela metade (mesmo benefício do plano Premium atual).

Por fim, o Plus será a opção do X sem anúncios e, provavelmente, será até mais cara que os valores praticados atualmente.

Ainda não há indícios de quando os novos planos serão lançados em testes ou para todos os usuários do X/Twitter, ou quais serão os outros benefícios de cada uma das opções.

Vale lembrar que Musk já havia anunciado antes que poderia adicionar mais planos pagos para aumentar a receita da empresa. A expectativa é que o X acabe se tornando um serviço baseado em assinatura no futuro, sem opção de uso gratuito.

Receitas de publicidade do X em queda

O X também continua enfrentando dificuldades relacionadas a perda de anunciantes. Desde que Elon Musk comprou a rede social, as receitas com publicidade caíram ano após ano.

  • A redução média anual supera os 50%.
  • A receita de anúncios do X nos Estados Unidos, por exemplo, caiu 78% em dezembro de 2022 em comparação com o mesmo mês do ano anterior — a queda mensal mais acentuada desde a troca de comando da empresa.
  • Já a receita de anúncios em agosto, últimos dados disponíveis, caiu 60% em relação a 2022.

O levantamento é da empresa de análise de anúncios Guideline, que rastreia dados de gastos com publicidade das principais agências de publicidade.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.