Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, levando a sombra do satélite natural a ser projetada no planeta. 

Durante um eclipse solar total, a Lua bloqueia completamente o Sol. Já durante um eclipse solar anular, como o que vai acontecer neste sábado (14), ela está perto de seu ponto mais distante da Terra, então sua circunferência aparente fica menor que a do “astro-rei”. À medida que os dois se alinham, surge um “anel de fogo” ao redor da Lua. 

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Este eclipse poderá ser observado em quase todo o continente americano. No Brasil, apenas algumas cidades do norte e do nordeste verão o “Anel de Fogo” completo, mas todas as regiões terão acesso a pelo menos parte do fenômeno (saiba mais aqui).

Um eclipse solar anular registrado em 2012, em Tóquio, no Japão. Crédito: THEJAB – Shutterstock

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Balão estratosférico vai fotografar o fenômeno

Na ocasião, a organização Earth to Sky Calculus (“Cálculo da Terra ao Céu”), formada por entusiastas da ciência do ensino médio de Bishop, na Califórnia, EUA, vai tentar algo nunca feito antes: fotografar a sombra de um eclipse solar anular a partir da estratosfera. 

Para isso, os estudantes vão usar um balão equipado com câmeras, que vai sobrevoar a zona da sombra do eclipse sobre o estado de Nevada. Normalmente, o grupo costuma usar balões de pesquisa para investigar raios cósmicos.

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Embora a experiência possa gerar a primeira imagem da sombra de um eclipse solar anular sobre a Terra feita da estratosfera, existem diversos registros da sombra de um eclipse solar no planeta obtidos a partir do espaço.

Imagens da sombra de um eclipse solar sobre a Terra

A foto que você vê abaixo foi feita durante o eclipse solar total de 21 de agosto de 2017, também pelo projeto Earth to Sky Calculus, sobre a fronteira Nebraska-Wyoming. “Eclipses totais fazem sombras negras profundas, neste caso escurecendo mais de 112 quilômetros de terreno”.

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Crédito: Earth to Sky Calculus/Josh Stansfield

O mesmo evento foi fotografado pela espaçonave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, diretamente da órbita da Lua.

O vídeo de lapso de tempo a seguir inclui 72 imagens adquiridas pelo satélite GEOS-16 a cada 10 minutos em um intervalo de seis horas durante o eclipse solar total de 14 de dezembro de 2020. 

Crédito: GOES-16/NASA

Segundo o Observatório da Terra, da NASA, o equipamento voa a cerca de 36 mil km de altitude sobre o equador e vê o Hemisfério Ocidental a partir de 75 graus de latitude oeste.

Naquele evento, a Lua bloqueou completamente o disco do Sol por cerca de 2 minutos, fazendo a fraca coroa solar e suas flâmulas tornarem-se visíveis a olho nu. O eclipse foi visível de Saavedra, no Chile, até Salina del Eje, na Argentina.

Em 10 de junho de 2021, espectadores em partes do Canadá, Groenlândia e Rússia foram brindados com um eclipse anular completo. Pessoas em outros locais, incluindo partes do Caribe, Ásia, Europa, leste dos EUA, Alasca e norte da África, viram o eclipse parcial do Sol.

O fenômeno foi capturado pela Câmera para Imagens Policromáticas da Terra (EPIC), da NASA, a bordo do Satélite de Observação Climática do Espaço Profundo (DSCOVR), da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).