Quando ouvimos falar de desertos pensamos logo em paisagens amareladas e quentes formadas por dunas, mas apesar disso, o clima desértico não é definido por altas temperaturas e areia, e sim por precipitação. Assim, algumas regiões frias, como o Atacama e a Antártica, também são consideradas desérticas.
Por definição, os desertos são as regiões com muito pouca precipitação e falta de umidade. Essas condições são fracas para retenção de calor, fazendo com que mesmo os quentes tenham baixas temperaturas durante a noite.
Nos desertos frios, as baixas temperaturas predominam tanto durante o dia, quanto durante a noite e geralmente são encontrados em regiões temperadas e altas, como planaltos e entre cadeias de montanhas. Muitas vezes no interior dos continentes, longe de grandes corpos de água e da umidade junto deles.
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Exemplos de desertos frios
Gobi, norte da China e sul da Mongólia
- Verões quentes, mas invernos com temperaturas que podem chegar a -38 graus Celsius;
- Localizado em um planalto, entre 910 e 1520 metros acima do nível do mar;
- Cordilheira do Himalaia bloqueia a entrada de nuvens ricas em umidade vindas do sul, do Oceano Índico.
Patagônia, Argentina
- Relativamente quente no verão;
- As temperaturas não ultrapassam 12 graus Celsius;
- Média de temperaturas próximas aos 3 graus Celsius.
Ártico e Antártica
Além dos desertos frios, também existem regiões do Ártico e do Antártico que são consideradas desérticas, caracterizando-as como desertos polares. A Antártica, por exemplo, é o continente mais seco da Terra e o Deserto Antártico é o maior do mundo, com precipitação abaixo de 50 milímetros por ano.
As regiões conhecidas como Vales Secos na Antártica não tem precipitação nem na forma de chuva ou neve e gelo há pelo menos dois milhões de anos.
Essas condições são porque as baixas temperaturas não permitem a formação de vapor de água, ou seja, umidade atmosférica, na região, resultando em menos precipitação. Além disso, os Vales Secos são cercados de montanhas que não permitem a entrada de nuvens úmidas.
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