O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou em um comunicado emitido na terça-feira (17) que o país pretende mandar o primeiro indiano à Lua e instalar uma estação espacial até 2040. O pronunciamento ocorre em meio aos preparativos para a missão Gaganyaan – o primeiro voo tripulado da Índia ao espaço, programado para 2025.

Segundo a Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO), um lançamento de teste deve acontecer neste sábado (21).

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Durante reunião para avaliar o progresso da missão Gaganyaan o primeiro-ministro da India também delineou o futuro espacial indiano
Durante reunião na terça-feira (17), para avaliar o progresso da missão Gaganyaan, o primeiro-ministro da Índia também delineou o futuro espacial indiano. Crédito: ANI

Para o primeiro-ministro, a ISRO deve aproveitar o sucesso das missões anteriores para intensificar ainda mais sua atividade espacial, que vem crescendo nos últimos anos:

  • Em 2014, a Índia se tornou a primeira nação asiática a colocar um satélite na órbita de Marte;
  • Em 2017, a agência espacial indiana lançou 104 satélites em uma única missão;
  • Agora, em agosto de 2023, tornou-se o primeiro país a pousar próximo ao polo sul lunar.

Próximos passos da Índia na exploração espacial

Primeiro-ministro da Índia Narendra Modi
Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi (Crédito: Amit.pansuriya/ Shutterstcok)

Essas missões e outros feitos igualam a Índia a outras potências espaciais, mas os planos do país não param por aí. O objetivo é que a Estação Bharatiya Antariksha (Estação Espacial Indiana) seja criada até 2035 e que o primeiro indiano seja enviado à Lua até 2040.

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O foco atual da ISRO, no entanto, é seu primeiro voo espacial tripulado, chamado Gaganyaan. O lançamento está previsto para acontecer no próximo ano. Estimada em cerca de 1,8 bilhões de dólares, a missão levará três indianos em uma viagem de três dias na órbita da Terra.

Além disso, nos próximos dois anos, a Índia planeja lançar uma sonda à Lua em parceria com o Japão, uma espaçonave a Marte e uma missão orbital a Vênus.

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Metas ousadas a baixo orçamento

Apesar de ambicioso, o projeto espacial indiano é de baixo orçamento quando comparado a outras potências espaciais. Especialistas acreditam que isso se dá provavelmente ao fato da Índia copiar e adaptar tecnologias já existentes, junto de um número abundante de engenheiros altamente qualificados que ganham bem menos que seus correspondentes pelo mundo.

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Atualmente, a Índia representa apenas 2% dos 386 bilhões de dólares da economia espacial global, mas espera-se que até 2030, o país represente uma fatia de 9%. 

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