Um novo estudo descobriu que é possível induzir pessoas a alucinarem de diferentes formas sem o uso de quaisquer tipos de drogas. Para isso, uma simulação feita em laboratório realizou movimentos repetidos até que os voluntários perdessem um pouco da conexão com a realidade.

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Contexto

De acordo com o site Medical Xpress, há alguns anos, uma equipe de pesquisa da Escola Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, descobriu que era possível fazer induções a respostas sensoriais sem o uso de drogas.

Para isso, eles reuniram voluntários e pediram que eles se sentassem em uma cadeira e apertassem um botão. Depois que eles apertassem, havia uma pausa rápida e os pesquisadores cutucavam os voluntários nas costas com uma pequena vareta.

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Após diversas sessões realizando esse mesmo movimento, os participantes começaram a sentir que havia alguém atrás deles. A pesquisa concluiu que essa percepção é devido a uma desconexão entre a ação realizada (apertar o botão) e a consequência no lapso de tempo entre elas.

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Imagem: Photographee.eu/shutterstock

Mais alucinações sem drogas

  • Essa mesma equipe foi além em um novo estudo, causando alucinações auditivas.
  • Dessa vez, eles reuniram 48 voluntários e realizaram o mesmo procedimento: sentar em uma cadeira, apertar um botão e ser cutucado nas costas após uma pausa um pouco maior. O resultado foi o mesmo e os participantes sentiram que havia alguém atrás deles.
  • Só que, nesse experimento, eles usaram uma nova variável. Eles adicionaram fones de ouvidos que reproduziam ruído branco e, em raros momentos, tocavam gravações da própria voz dos voluntários ou de terceiros.
  • Os participantes foram questionados se ouviam alguma voz vinda dos fones.

Resultados

Nessa pesquisa, o resultado foi que, quando um voluntário começava a sentir a presença de uma pessoa atrás dele, começava a ouvir vozes (que não estavam sendo reproduzidas nos fones).

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A conclusão foi que estariam inventando uma voz para acompanhar o “fantasma” da pessoa que acreditavam estar atrás deles.

Além disso, uma variação do experimento não realizou a pausa entre o aperto do botão e a cutucada nas costas e, mesmo que os participantes não tenham sentido uma presença atrás deles, também escutaram vozes nessa segunda rodada.