Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro, as redes sociais foram tomadas por postagens gerando desinformação sobre o conflito e até propagando ideais extremistas. O Telegram, que hospeda uma conta oficial das Brigadas Al-Qassam, a ala militar do Hamas, é um exemplo claro disso. Mas agora, a plataforma decidiu bloquear o acesso ao conteúdo publicado pelo grupo militante.

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Ao tentar acessar o perfil das Brigadas Al-Qassam, aparece uma mensagem informando que “infelizmente, este canal não pode ser exibido em aplicativos do Telegram baixados da Google Play Store”. Outros canais que têm ligação com o Hamas, como o Gaza Now, permanecem ativos na rede social.

O CEO do Telegram, Pavel Durov, já havia se manifestado sobre os pedidos para remover contas ligadas ao grupo terrorista. Ele disse que a empresa removeu “milhões de conteúdos obviamente prejudiciais de nossa plataforma pública”, mas indicou que não barraria o Hamas completamente, alegando que essas contas “servem como uma fonte única de informações em primeira mão para pesquisadores, jornalistas e verificadores de fatos”.

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As informações são da CNBC.

Dificuldades para combater a desinformação

  • Não é apenas o Telegram que tem sido criticado em meio à guerra de desinformação sobre o conflito.
  • Nos últimos dias, a Comissão Europeia solicitou formalmente informações à Meta e ao TikTok sobre como as redes sociais estão lidando com o conteúdo que viola as políticas do bloco e a desinformação relacionados à guerra.
  • A investigação faz parte da recém promulgada Lei de Serviços Digitais (DSA) da União Europeia (UE), que responsabiliza legalmente as plataformas pelos conteúdos postados nelas.
  • As autoridades europeias também cobraram o X, antigo Twitter.
  • Um estudo da NewsGuard, apontou que 74% das publicações com conteúdos falsos sobre o conflito vieram de contas verificadas na plataforma de Elon Musk.
Guerra em Gaza (Imagem: Anas-Mohammed/Shutterstock)

Guerra Israel-Hamas e as redes sociais

Apesar do Hamas ser banido das redes sociais, desde o início do conflito no Oriente Médio, diversas contas favoráveis ao grupo terrorista ganharam centenas de milhares de seguidores. Além disso, diversas postagens com imagens dos ataques ou difundindo ideias extremistas se propagaram pela internet.

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Segundo analistas, a mais recente guerra escancarou, mais uma vez, os desafios das empresas de tecnologia no sentido de minimizar a disseminação de conteúdo falso ou extremista. Em conflitos passados, as redes sociais foram fortemente criticadas por não agir contra a propagação desses conteúdos ou até mesmo por ser excessivamente zelosas, impedindo a circulação até mesmo de informações verdadeiras.

Enquanto conteúdos abertamente pró-terrorismo circulam nas redes, há milhares de relatos de postagens que não faziam qualquer apologia ao Hamas, apenas defendendo a criação de um Estado Palestino, e que foram simplesmente tiradas do ar.