O Reino Unido anunciou nesta quinta-feira (26) que criará o primeiro instituto de segurança de inteligência artificial (IA) do mundo, conforme relatou a Reuters. Comunicado ocorre uma semana antes da primeira cúpula mundial sobre os riscos da IA, a qual a Grã-Bretanha lidera. 

O que você precisa saber: 

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  • Segundo Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido, o instituto virá para “examinar, avaliar e testar novos tipos de IA”; 
  • O anúncio de Sunak vem dias antes da reunião global sobre os riscos da IA, que contará com ao menos 100 participantes, entre eles representantes de empresas de IA, líderes políticos e especialistas. O evento deve ocorrer de 1 a 2 de novembro, no Reino Unido; 
  • Sunak quer que a Grã-Bretanha seja um líder global na segurança da IA — vale lembrar que a UE está em uma corrida para definir e regulamentar regras para o uso da tecnologia emergente. 

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O instituto promoverá o conhecimento mundial sobre a segurança da IA e examinará, avaliará e testará cuidadosamente novos tipos de IA para podermos entender do que cada novo modelo é capaz, explorando todos os riscos de danos sociais, como preconceito e desinformação, até os riscos mais extremos de todos. 

Rishi Sunak, primeiro-ministro da Grã-Bretanha. 

Durante seu discurso pré-reunião global, em Londres, Sunak pontuou que somente os governos podem enfrentar os riscos representados pela IA. Ele acrescentou que espera que os participantes cheguem a um acordo sobre a natureza dos riscos e estabeleçam um painel global para os avaliar. 

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Se errar, a IA poderá facilitar a construção de armas químicas ou biológicas. E nos casos mais improváveis, mas extremos, existe até o risco de a humanidade perder completamente o controle da IA. 

UE avança sobre regras da IA 

O anúncio também chega na mesma semana em que parlamentares da União Europeia (UE) concordaram em uma parte crítica das novas regras da IA, aproximando o bloco de um acordo mais amplo sobre a Lei da IA (AI Act). 

Agora, as normas precisam ser acordadas por meio de reuniões entre o parlamento e os estados-membros da UE para finalizar as versões finais das leis, em um processo conhecido como trílogo. Veja mais aqui