Julgamento Google: chefe da big tech testemunhará na segunda (30) 

Sundar Pichai, presidente da Alphabet e Google, foi convocado para falar no que é o maior julgamento antitruste tecnológico da década 
Tamires Ferreira27/10/2023 07h40, atualizada em 27/10/2023 21h03
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Sundar Pichai, presidente-executivo da Alphabet e de sua subsidiária Google, testemunhará na próxima segunda-feira (30) no julgamento EUA contra Google, conforme relatou a Reuters. A ação, considerada o maior processo antitruste da área tech da década, debate o domínio do Google nas buscas e em algumas partes da publicidade. 

Para quem tem pressa: 

  • Pichai será questionado sobre os investimentos da empresa destinados a manter sua competitividade nas buscas e inovação na publicidade; 
  • O governo dos EUA também deve perguntar por que a empresa paga bilhões de dólares anualmente para garantir que a busca no Google seja o padrão nos smartphones; 
  • O julgamento antitruste que o Google enfrenta começou em 12 de setembro — vindo de uma ação movida em 2020 pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ); 
  • O tribunal responsável já ouviu diversas testemunhas, incluindo um ex-funcionário que explicou as estratégias da empresa para excluir a concorrência. 

Leia mais! 

O que aconteceu? 

O questionamento a Pichai vem após o governo argumentar que o Google, que detém cerca de 90% do mercado de buscas, pagou ilegalmente cerca de US$ 10 bilhões anualmente a fabricantes de smartphones como a Apple para ser o padrão de pesquisas em seus dispositivos.  

Para o DOJ, a influência nas buscas também fez do Google um dos que mais lucra no mercado publicitário. 

O Google já explicou que os acordos de divisão de receitas são legais e que investiu para manter competitivos seus negócios de busca e publicidade. A big tech argumentou também que se as pessoas estiverem insatisfeitas com os padrões, elas podem, e o fazem, mudar para outro provedor de pesquisa. 

Entenda em pontos o julgamento contra o Google: 

  • O Departamento de Justiça processou o Google em 2020, alegando que a empresa usou ilegalmente seu poder de mercado para prejudicar concorrentes; 
  • A ação de 1,6 trilhão de dólares acusa a companhia de monopólio ilegal no mercado de buscas na internet, incluindo ainda contratos que fazem do Google o buscador padrão no Safari, o navegador da Apple, e no Mozilla Firefox; 
  • A acusação é considerada por especialistas como um grande desafio ao poder e influência da gigante da tecnologia, podendo mudar o futuro da empresa; 
  • O julgamento ocorre desde setembro e deve terminar até o fim de novembro — podendo ser estendido; 
  • Entenda mais aqui sobre o que está em jogo para a empresa! 

Vale lembrar que este não é, nem de longe, o único processo antitruste que o Google enfrenta — embora seja o mais significativo. A big tech também passa por investigações semelhantes na União Europeia e outros mercados, como o Japão, que anunciou no início desta semana a abertura de uma ação contra a companhia por possível violação das leis antitruste do país. 

Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.