NASA relembra “asteroide de seis caudas” flagrado pelo Hubble

O asteroide de seis caudas foi fotografado pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA, duas vezes em um intervalo de 10 dias
Flavia Correia07/11/2023 15h52
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Crédito da imagem: NASA, ESA e D. Jewitt (UCLA)
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Nesta terça-feira (7), a equipe responsável pelo perfil oficial do Telescópio Espacial Hubble, da NASA, no X (antigo Twitter) relembrou uma imagem muito curiosa captada pelo equipamento, que foi divulgada pela primeira vez há exatos dez anos: um asteroide aparentemente com seis caudas.

Na legenda, consta a hashtag #OTD (“On This Day”, ou seja, “neste dia”, em português), que é usada para sinalizar publicações que relembram fatos ocorridos na mesma data da postagem.

“Lançada há 10 anos #OTD, esta imagem do Hubble apresenta um asteroide incomum – com seis caudas semelhantes às de cometas!”, diz o post. “Uma possível explicação é que a taxa de rotação do asteroide aumentou até o ponto em que sua superfície começou a se separar”.

Essas imagens de luz visível e falsa cor foram tiradas com o instrumento Wide Field Camera 3 do Hubble.

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Objeto foi fotografado pelo Hubble no Cinturão de Asteroides

De acordo com a publicação original do registro, feita pela NASA em 7 de novembro de 2013, as duas imagens obtidas pelo Hubble na ocasião mostram “um conjunto nunca antes visto de seis caudas semelhantes às de cometas que irradiam de um corpo no Cinturão de Asteroides designado P/2013 P5”.

O asteroide P/2013 P5 foi descoberto como um objeto de aparência incomumente difusa com o telescópio da pesquisa Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System (Pan-STARRS), no Havaí. 

Comparação das imagens obtidas pelo Hubble do asteroide P/2013 P5 com dez dias de diferença. Crédito: NASA, ESA e D. Jewitt (UCLA)

Segundo a NASA, as múltiplas caudas da rocha espacial foram flagradas pelo Hubble em 10 de setembro de 2013. “Quando o observatório retornou ao objeto dez dias depois, sua aparência havia mudado totalmente, como se toda a estrutura tivesse girado”.

Conforme citado superficialmente no post no X, uma interpretação para isso é que a taxa de rotação do asteroide aumentou até o ponto em que a superfície começou a quebrar. Com isso, está formando poeira, que está escapando para o espaço e sendo varrida pela pressão da luz solar, o que produz as caudas. 

De acordo com essa teoria, a rotação do asteroide foi acelerada pelo empurrão suave da luz solar. Com base na análise da estrutura das caudas, o objeto, estimado em cerca de 1.400 metros de diâmetro, ejetou poeira por pelo menos cinco meses.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.