O programa Lantern foi lançado com o objetivo de combater a exploração e o abuso sexual infantil online (OCSEA, da sigla em inglês) via compartilhamento de informações entre empresas online, incluindo grandes nomes, como Meta, Google e Discord. A iniciativa foi apresentada pela Tech Coalition, grupo cooperativo de empresas de tecnologia que busca combater a exploração sexual infantil online.

O Lantern funciona como banco de dados centralizado, onde as empresas podem contribuir com dados e verificar suas próprias plataformas em relação a ele. Quando são identificados sinais de OCSEA, como endereços de e-mail ou nomes de usuário conhecidos por violarem as políticas, hashes de material de abuso sexual infantil (CSAM, da sigla em inglês) ou palavras-chave relacionadas, as empresas podem sinalizá-los em seus próprios sistemas.

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Embora os sinais não comprovem estritamente o abuso, eles ajudam as empresas a investigar e tomar possíveis medidas, como excluir uma conta ou relatar a atividade às autoridades. O anúncio ressalta a importância de combater a exploração infantil online, mas também levanta questões sobre a privacidade e possíveis abusos desse tipo de programa.

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Gigantes da internet se unem para enfrentar abuso infantil

  • Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, incluindo Meta, Google, Discord e outras, se juntaram ao Lantern para enfrentar o OCSEA;
  • Durante a fase piloto do programa, a Meta utilizou informações compartilhadas pelo Mega para remover milhares de perfis e páginas do Facebook e contas do Instagram que violavam as regras, além de denunciá-los ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA;
  • O Discord também comemorou os resultados do programa, afirmando que os dados compartilhados por meio do Lantern auxiliaram em muitas investigações internas;
  • O programa vem sendo desenvolvido há dois anos pelos membros da Tech Coalition, que buscaram criar soluções técnicas eficazes e garantir conformidade com leis e regulamentos;
  • No entanto, o programa também enfrenta desafios relacionados à privacidade e ao possível uso indevido das informações coletadas.

Desenvolvimento do Lantern

A criação do Lantern exigiu dois anos de trabalho e colaboração entre várias empresas de tecnologia, diz o The Verge.

Além de desenvolver soluções técnicas, a coalizão também submeteu o programa a verificação de elegibilidade e avaliação de impacto em direitos humanos pela Business for Social Responsibility (BSR). A BSR fornecerá orientações contínuas para o programa à medida que ele evolui, ajudando a garantir a conformidade com os requisitos éticos e legais.

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A Tech Coalition supervisionará o Lantern, estabelecendo diretrizes e regras claras para o compartilhamento de dados e revisando regularmente as políticas e práticas das empresas envolvidas. Como parte do programa, as empresas participantes devem concluir treinamentos obrigatórios e realizar check-ins regulares.

O objetivo é tornar o Lantern ferramenta eficaz no combate à exploração e ao abuso sexual infantil online, ao mesmo tempo em que garantem a proteção da privacidade e dos direitos das pessoas.