A Snap, dona do Snapchat, demitiu nesta quinta-feira (9) quase 20 gerentes de produto como parte dos seus planos de reorganização de cargos e corte de custos. De acordo com o The Information, um porta-voz afirmou que as dispensas tinham como objetivo acelerar o processo de tomada de decisão da empresa, sugerindo cortes também entre funcionários de nível inferior e gerentes de nível superior.
O que você precisa saber:
- Os cortes na Snap seguem os vestígios da grande onda de demissões em massa que afetou o setor tech de 2022 para cá;
- Assim como a maioria das empresas do ramo, a dona do Snapchat justificou as saídas com corte de custos e reestruturação, pontuando que seus recursos serão agora usados para “prioridades essenciais”;
- Vale lembrar que a companhia teve um prejuízo histórico em 2022, com quatro trimestres consecutivos registrando perdas;
- Embora sua receita tenha aumentado 5% este ano — após mais dois trimestres de queda — seu negócio publicitário ainda não se recuperou.
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Ainda conforme o portal, apesar das demissões, a Snap não está cancelando projetos ou descontinuando recursos — o que indica que o trabalho será o mesmo, mas para uma equipe reduzida. Só no ano passado a empresa demitiu, de uma vez, 1.300 funcionários, iniciando seus esforços para cortar custos e reestruturar cargos e funções.
Vale destacar que, em junho deste ano, a companhia contratou o ex-chefe de engenharia do Google, Eric Young, para supervisionar a infraestrutura da plataforma. A contratação é a mais recente entre uma série de apenas admissões enquanto tenta promover seus negócios de publicidade.
A crise de ‘publi’
O início do conflito Israel-Hamas dificultou ainda mais a retomada do Snapchat. Assim como outras redes sociais, a empresa enfrenta uma debandada de anunciantes que diminuíram seus anúncios em diversas plataformas devido à onda de desinformação sobre a guerra.
Algumas plataformas, como TikTok, enfrentam autoridades na Europa e EUA a respeito de conteúdos e medidas de segurança para conter as fakes news.