A crescente atividade sísmica num supervulcão na região de Campi Flegrei, próxima a Nápoles, na Itália, gera preocupações, levando o governo italiano a considerar um plano de evacuação em massa para mais de 500 mil pessoas que residem na área.

Para quem tem pressa:

  • O aumento na atividade sísmica na região de Campi Flegrei, próxima a Nápoles, na Itália, levanta preocupações, levando o governo italiano a considerar um plano de evacuação para mais de 500 mil residentes;
  • Campi Flegrei, com 24 crateras, é um supervulcão significativamente maior que o Vesúvio. Sua última erupção foi em 1538 e a preocupação atual é alimentada pelo fenômeno do bradissismo, caracterizado pelo lento movimento de subida e descida do solo;
  • Especialistas associam o aumento na atividade sísmica, que começou em 2022, a variações no sistema vulcânico, incluindo mudanças na temperatura e pressão das rochas subterrâneas;
  • O governo italiano destaca que o aumento na atividade sísmica, por mais que não signifique necessariamente uma erupção iminente, pode causar danos às estruturas e transtornos à população. A região registrou 3.450 terremotos em 2023, com 1.118 apenas em agosto.

Com 24 crateras, o Campi Flegrei é um supervulcão significativamente maior que o Vesúvio, famoso por destruir Pompéia em 79 d.C. Sua última erupção ocorreu em 1538. A preocupação com a possibilidade de uma erupção é alimentada pelo fenômeno do bradissismo, caracterizado pelo lento movimento de subida e descida do solo.

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Atividade sísmica no supervulcão na Itália

Vulcão via Toby Elliott/Unsplash
(Imagem: Toby Elliott/Unsplash)

Especialistas associam o aumento na atividade sísmica, que começou em 2022, à variação no sistema vulcânico, incluindo mudanças na temperatura e pressão das rochas subterrâneas, segundo a agência de notícias Reuters.

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O governo italiano destacou que, embora o aumento na atividade sísmica não garanta uma erupção, por si só, pode causar danos às estruturas e transtornos à população. Em 2023, a região já registrou 3.450 terremotos, com 1.118 apenas em agosto.

Durante a crise de bradissismo entre 1969-1972 e 1982-1984, houve elevações significativas do solo, levando à evacuação de parte da população. Agora, o solo está subindo aproximadamente 1,5 cm por mês, suscitando preocupações com a estabilidade das edificações.

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Carlo Doglioni, presidente do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália, apresentou dois cenários possíveis: um desfecho semelhante a crises anteriores ou uma erupção mais significativa, como a de 1538.

Giuseppe de Natale, ex-chefe do observatório do Vesúvio, enfatizou que, se ocorrer uma erupção, é mais provável que seja do tipo freático ou de explosão de vapor, sendo relativamente fraca e sem envolvimento de novo magma.

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Ele acrescentou que, embora o risco sísmico seja imediato, é crucial considerar a possibilidade de uma erupção. O governo italiano continua monitorando a situação de perto, preparando-se para eventualidades e tomando medidas para proteger a população.