A Disney anunciou na sexta-feira (17) que está interrompendo a divulgação de publicidade ligada à empresa no X, antigo Twitter, conforme relatou a Reuters. Seguindo um dos maiores conglomerados de mídia em massa do mundo, a Lionsgate, estúdio de cinema e televisão, também comunicou a decisão de pausar seus anúncios na plataforma de Elon Musk. 

O que você precisa saber: 

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  • No início desta semana, a Apple, um dos principais anunciantes do X, também anunciou a suspensão de sua publicidade no site; 
  • De acordo com a big tech, a decisão ocorreu devido ao aumento do antissemitismo na plataforma; 
  • Empresas e instituições, como IBM e Comissão Europeia, também suspenderam anúncios no X devido à falta de moderação do discurso de ódio na rede social;
  • A Warner Bros. Discovery igualmente interrompeu seus anúncios no X;
  • Tanto a Apple quanto a Disney são, segundo declaração anterior de Musk, os principais anunciantes da plataforma.

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O efeito dominó das empresas chega após um relatório do Media Matters for America mostrar que anúncios de empresas como Apple, IBM, Bravo, Oracle e Xfinity, foram veiculados ao lado de posts que elogiavam a ideologia nazista. 

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O proprietário do X, Elon Musk, não apenas permite a publicação de postagens problemáticas, como também alimenta o discurso ao responder positivamente a teorias antissemitas violentas — o atual conflito Israel-Hamas impulsionou ainda mais o tipo de conteúdo. 

Embora a CEO do X, Linda Yaccarino, esteja se esforçando para driblar as declarações polêmicas do chefe e acalmar os anunciantes, as recentes saídas indicam que as táticas não estão funcionando. 

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Não é de hoje, no entanto, que o antigo Twitter enfrenta problemas na divisão de publicidade, setor mais lucrativo no ramo on-line. Desde a aquisição por Musk, o receio pela filosofia do bilionário de liberdade de expressão aplicada à rede social foi potencializado, gerando uma crise para a empresa — a qual Yaccarino foi contratada para contornar.