Em um marco alarmante para a comunidade científica e ambiental, o planeta Terra atingiu, pela primeira vez, uma temperatura média global 2°C acima dos níveis pré-industriais no último dia 17 de novembro. O dado, divulgado pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S), revela uma anomalia térmica de 2,07°C, estabelecendo um recorde preocupante e indicando uma tendência preocupante para as mudanças climáticas globais.

Os números, ainda provisórios para o dia seguinte, 18 de novembro, indicam uma variação mínima, mantendo-se em 2,06°C. Se compararmos esse aumento com o período de 1991 a 2020, observamos uma elevação de 1,17°C na temperatura média global. Sam Burgess, diretora adjunta do C3S, ressaltou que os dados confirmam a aceleração do aquecimento global.

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O fenômeno El Niño e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) são apontados como fatores determinantes para esse recorde histórico. Em 2016, durante outro evento El Niño, o mundo também testemunhou recordes de calor, mas a anomalia da temperatura foi significativamente menor, registrando 0,94°C. O aumento atual sugere uma correlação direta com o aumento das emissões de carbono.

Sinal de alerta

  • A Organização Meteorológica Mundial (OMM) enfatiza que o marco de 2,07°C não indica a ultrapassagem dos níveis do Acordo de Paris, baseado em médias de 20 anos.
  • No entanto, alerta para a urgência da ação climática, enviando um aviso para a COP28.
  • O mês de outubro de 2023, segundo o Copernicus, já entrou para a história como o mais quente globalmente, com uma temperatura média de 15,3°C, 0,85°C acima da média de 1991 a 2020 e 0,4°C superior ao recorde anterior em outubro de 2019.
  • A anomalia da temperatura global para outubro foi a segunda mais alta em todos os meses do conjunto de dados ERA5, ficando atrás apenas de setembro de 2023.
  • Diante desses dados alarmantes, a previsão é que 2023 encerre como o ano mais quente em 125 mil anos.