Funcionários da Amazon entraram em greve em diversos países da Europa nesta sexta-feira (24) em meio ao aumento das atividades durante a Black Friday. Nomeado de “Make Amazon Pay” (“Faça a Amazon pagar”, em tradução livre), trabalhadores da Alemanha, Inglaterra, Itália e outros locais pedem melhores remunerações e acordos salariais para toda a classe.

Leia mais:

publicidade

Greve contra a Amazon na Black Friday

As greves na Europa vem em meio a Black Friday, período em que empresas de varejo reduzem preços para aumentar as vendas.

Segundo a Reuters, o “Make Amazon Pay” foi coordenado pela UNI Global Union, o sindicato para trabalhadores do setor de serviços, e que as paralisações ocorreriam em mais de 30 países do continente.

publicidade
Black Friday
Imagem: Rawpixel.com/Shutterstock

Países que aderiram

  • A Alemanha foi um dos países que aderiu à greve. Desde a quinta-feira, o sindicato Verdi já havia emitido um comunicado convocando a paralisação a partir do turno da noite de quinta e durante toda a sexta-feira, dia principal da Black Friday.
  • Segundo a organização, 250 trabalhadores aderiram à greve em um armazém em Leipzig (cerca de 20% da força de trabalho no local) e outros 500 em Rheinberg (quase 40%). A principal exigência no país é um acordo salarial coletivo.
  • Em Coventry, na Inglaterra, onde a Amazon detém um centro logístico de processamento e envio de produtos, mais de 200 funcionários paralisaram as atividades. Eles pedem melhores condições de trabalho e remunerações, com um aumento para 15 libras por hora.
  • Já na Itália, o sindicato CGIL disse que mais de 60% dos trabalhadores da Amazon em Castel San Giovanni aderiram à greve, mas a Amazon deu informações contrárias (abaixo).
  • Na Espanha, o sindicato CCOO convocou uma paralisação na segunda-feira, conhecida como a “Cyber Monday”, o último dia da Black Friday na Amazon.
  • A Reuters ainda reportou que, na França, nos locais perto dos armazéns da empresa, era possível ver cartazes e fitas relacionados à greve. A organização antiglobalização Attac disse que espera um protesto mais amplo do que no ano passado, quando 100 armazéns da Amazon foram atacados no país.
amazon
Imagem: Skorzewiak / Shutterstock.com

O que diz a Amazon

A Amazon negou grande parte das informações dadas pelos sindicatos.

Um porta-voz da empresa na Alemanha disse que poucos trabalhadores realmente aderiram à greve e que os funcionários já recebem salários justos, com uma remuneração de cerca de 14 euros por hora. Ele ainda reiterou que a Black Friday não deve ser impactada no país.

publicidade

Já o porta-voz do Reino Unido disse que o salário inicial mínimo para os funcionários na região está entre 11,80 libras e 13 libras por hora, dependendo do local, e que aumentaria para 12,30 a 13 libras por hora em abril de 2024. A empresa também reforçou que a greve não afetaria a Black Friday.

Na Itália, a Amazon deu informações contrárias às do sindicato CGIL. Segundo a varejista, 86% dos trabalhadores estão trabalhando nesta sexta-feira, sem nenhum impacto na operação.

publicidade

Ainda, apesar das greves, a Amazon continua popular na Europa. Em outubro, o aplicativo da empresa tinha 146 milhões de usuários ativos, em comparação com 64 milhões da Shein, por exemplo. Os dados são da data.ai.