Google e Symphony colaboram para reforçar análise de voz em bancos

Symphony e Google colaboram para aprimorar análise de voz em instituições financeiras utilizando inteligência artificial avançada
Ana Luiza Figueiredo28/11/2023 14h19
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Imagem: Sundry Photography / Shutterstock.com
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Em resposta ao crescente escrutínio regulatório sobre a conformidade nas comunicações no setor financeiro, a Symphony, empresa de infraestrutura e tecnologia de mercados, uniu forças com o Google para aprimorar suas capacidades de análise de voz.

  • Essa colaboração visa abordar o crescente risco associado à não conformidade regulatória em bancos e empresas de investimento.
  • Isso em especial após a imposição de mais de US$ 2 bilhões em multas pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) relacionadas a erros de comunicação.
  • As multas decorrem, em grande parte, da incapacidade das instituições financeiras de rastrear ou registrar mensagens de texto relacionadas a negócios enviadas por plataformas não autorizadas durante os bloqueios da Covid-19.
  • À medida que os reguladores intensificam seu foco nos canais de comunicação, incluindo chamadas de voz e vídeo, as instituições financeiras se preparam para possíveis investigações sobre sua conformidade com as regulamentações.
  • Descobriu-se que apenas uma fração das comunicações por chamadas de voz e vídeo é rotineiramente gravada e retida.

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A Symphony, com uma clientela que inclui grandes bancos como Goldman Sachs e JPMorgan, está preparada para aproveitar a plataforma avançada de inteligência artificial do Google, o Vertex AI. A colaboração visa aprimorar o produto de voz Cloud9 da Symphony, integrando capacidades avançadas de conversão de fala para texto e processamento de linguagem natural (NLP), abordando os desafios apresentados pelo cenário regulatório em evolução.

O Cloud9, um produto que facilita a colaboração entre equipes de negociação em diversas classes de ativos, se beneficiará de uma transcrição mais precisa das comunicações para fins de retenção. Além disso, o sistema será projetado para sinalizar discussões suspeitas para revisão adicional.

Zac Maufe, Chefe Global de Indústrias Regulamentadas da Google Cloud, destacou o potencial transformador da inteligência artificial generativa na automação de tarefas rotineiras e na identificação de condutas potenciais por meio de anomalias nos dados.

O CEO da Symphony, Brad Levy, enfatizou os objetivos mais amplos da colaboração. “O que estamos buscando é criar uma plataforma que você usaria para inserir seu fluxo de dados e obter insights desses dados”, disse ele à Reuters. O produto aprimorado, esperado para chegar ao mercado até o segundo trimestre, visa não apenas garantir a conformidade, mas também capacitar os usuários a extrair insights adicionais que possam influenciar estratégias de vendas ou negociações.

Phil Moyer, Vice-Presidente de Negócios Globais de IA da Google Cloud, enfatizou a necessidade de ferramentas avançadas como transformadores e inteligência artificial generativa para gerenciar o enorme influxo de dados. Com o aumento de dados em 50% a 60% ao ano e o total de dados na Terra atingindo 180 zettabytes, Moyer destacou que tais ferramentas são cruciais para lidar com dados além da capacidade de gestão humana.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.

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