(Imagem: iStock)
Uma pesquisa inédita revela mudanças microestruturais no cérebro de pacientes que tiveram a chamada Covid longa, quando os sintomas da doença persistem (ou aparecem pela primeira vez) meses após a contaminação. Esse é mais um avanço no entendimento da ciência sobre esse tipo de infecção.
Leia mais
A pesquisa, publicada pela Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), utilizou uma técnica de imagem cerebral relativamente nova chamada imagem de microestrutura de difusão (DMI). A técnica rastreia o movimento das moléculas de água através do tecido cerebral para fornecer uma imagem de alta resolução das microestruturas do cérebro.
Procurando geralmente por lesões cerebrais ou anormalidades, os pesquisadores não detectaram diferenças notáveis entre pacientes que tiveram a Covid-19 e aqueles não infectados. No entanto, perceberam diferenças microestruturais do cérebro em casos de Covid longa.
Os pesquisadores descobriram que sintomas como fadiga, perda de olfato, comprometimento cognitivo poderiam ser correlacionados com padrões específicos de mudanças microestruturais no cérebro. Assim, a grande diferença entre pacientes que tiveram a doença e aqueles com a Covid longa foi como a infecção remodelou particularmente o cérebro deles.
Apesar da conclusão, os cientistas ainda precisam de mais estudos para responder outras dúvidas. Por exemplo, essas alterações microestruturais desaparecem com o passar do tempo? E quais os impactos disso a longo prazo na saúde do paciente? As informações são da New Atlas.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de dezembro de 2023 10:30