A Walmart anunciou a interrupção de sua publicidade na plataforma social X (ex-Twitter), de Elon Musk, juntando-se a uma série de grandes marcas que recentemente abandonaram a plataforma. A gigante do varejo declarou que a suspensão, ocorrida em plena temporada de compras de fim de ano, não se deve a uma mudança em suas políticas publicitárias, mas sim ao desempenho insatisfatório dos anúncios na plataforma.

A empresa reduziu significativamente a compra de anúncios desde outubro, com os últimos sendo veiculados por volta do Dia de Ação de Graças.

publicidade

Leia também:

Ao Wall Street Journal, um porta-voz do Walmart afirmou que a redução dos gastos publicitários visa alinhar com o desempenho, deixando aberta a possibilidade de futuras publicidades na plataforma X. Ela ressaltou que a decisão não tem relação com as declarações de Musk dentro ou fora da plataforma.

publicidade

Joe Benarroch, chefe de operações comerciais do X, confirmou que o Walmart não anuncia na plataforma desde outubro, enfatizando que a empresa tem se conectado organicamente com sua comunidade de mais de um milhão de pessoas no X.

Falas polêmicas de Musk custaram caro para o X/Twitter

Além da Walmart, outras grandes empresas como Disney, Apple e várias companhias de entretenimento suspenderam sua publicidade no X em novembro, após Musk descrever uma postagem antissemita como “a verdadeira verdade” e criticar a Liga Anti-Difamação.

publicidade

Paralelamente, a organização Media Matters reportou que o X posicionou anúncios de algumas empresas próximas a postagens que apoiavam nazistas, levando a IBM a pausar seus gastos com publicidade. Posteriormente, o X processou a Media Matters, que manteve seu relatório.

Nesta semana, Musk criticou publicamente os anunciantes que deixaram o X, usando linguagem grosseira em uma entrevista durante o DealBook Summit do New York Times. Ele afirmou: “Se alguém tenta me chantagear com publicidade, que vá se f…”. Musk acrescentou que o boicote publicitário poderia “matar a empresa”.

publicidade

Desde a aquisição do que então era chamado Twitter por Musk no ano passado, a plataforma de mídia social tem enfrentado dificuldades para manter anunciantes, cada vez mais preocupados com a abordagem de Musk na gestão e moderação de conteúdo.