A biofarmacêutica AstraZeneca fechou uma parceria com a Absci, empresa de biologia focada em inteligência artificial, para criar um anticorpo de combate ao câncer. A colaboração envolve um acordo de US$247 milhões (mais de R$1,2 bilhão) pagos pela fabricante de vacinas, conforme informou o Financial Times.

Como explica o Pharmaceutical Technology, a Absci é pioneira no uso de IA generativa focada na saúde. Em seu laboratório em Nova York, milhões de amostras de proteínas alimentam seu modelo, que tem o objetivo de descobrir novos anticorpos. Essa tecnologia tem sido especialmente utilizada em casos de doenças raras, sendo que a IA permite reduzir os custos e o tempo dos testes de medicamentos.

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Ainda não foi especificado qual tipo de câncer essa parceria terá como foco. As duas companhias já se manifestaram oficialmente:

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Estamos orgulhosos de trabalhar em estreita colaboração com a AstraZeneca para alavancar nossa IA para trazer novos tratamentos para pacientes oncológicos.

Sean McClain, CEO da Absci.

A IA está nos permitindo não apenas aumentar o sucesso e a velocidade do nosso processo de descoberta de produtos biológicos, mas também aumentar a diversidade dos produtos biológicos que descobrimos. Estamos aplicando IA em todo o nosso processo de descoberta e desenvolvimento, através da construção de capacidades internas e de colaborações como a Absci

Puja Sapra, vice-presidente sênior da AstraZeneca.

O acordo inclui uma taxa inicial para a Absci, financiamento de pesquisa, desenvolvimento e pagamentos por etapas, além de royalties sobre quaisquer vendas de produtos.

Pesquisadores criam IA que identifica a origem do câncer

  • Uma pesquisa conduzida por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e do Instituto de Câncer Dana-Farber desenvolveram um modelo de inteligência artificial que permite identificar a origem de alguns tipos específicos de câncer.
  • Conforme o artigo publicado no MedicalXpress, o modelo de IA, nomeado de OncoNPC usa aprendizado de máquina (learning machine) para analisar uma sequência de cerca de 400 genes e prever um determinado tumor.
  • Com o modelo, os cientistas conseguiram classificar precisamente pelo menos 40% dos tumores de origem desconhecida.
  • A porcentagem foi obtida a partir da análise de um conjunto de dados de aproximadamente 900 pacientes.
  • Com isso, os cientistas conseguiram aumentar em 2,2 vezes a identificação de pacientes que poderiam ser elegíveis para um tratamento adequado para câncer.
  • Saiba mais na matéria completa.