Em setembro, a sonda da NASA OSIRIS-REX mandou suas amostras recolhidas do asteroide Bennu em direção a Terra e partiu para uma missão complementar em direção a outra rocha espacial, a Apophis. Agora, sob o nome de OSIRIS-APEX, a espaçonave se prepara para voar a cerca de 74,8 milhões de quilômetros do Sol, na órbita de Vênus e muito mais próximo da estrela do que foi construída para operar.

Para evitar que o excesso de radiação afete a sonda, a equipe de pesquisadores por trás da missão irá reposicionar, esta semana, um de seus dois painéis solares para que ele forneça sombra aos instrumentos mais sensíveis da espaçonave. O outro continuará sendo mantido em direção ao Sol, para captar energia para a missão.

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De acordo com Dani Mendoza, principal investigador da OSIRIS-APEX, em comunicado, manter a sonda em uma posição fixa enquanto ela viaja tão próxima do Sol deve ser o suficiente para evitar o superaquecimento.

A partir do dia 2 de janeiro de 2024, a OSIRIS-APEX irá testar vários de seus limites quando fizer sua primeira aproximação solar. Depois disso, ela passará perto do Sol mais cinco vezes, e irá pegar três impulsos na gravidade da Terra para enfim chegar ao seu destino em 2029.

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Apophis e a missão OSIRIS

Se a missão ocorrer conforme o planejado, a sonda irá se aproximar do Apophis no mesmo momento em que a rocha passar a cerca de 32 mil quilômetros de distância da Terra, o mais próximo que um objeto com quase 400 metros já chegou do nosso planeta.

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  • O Apophis possui um formato de amendoim e é um remanescente da formação do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos;
  • Ele foi descoberto em 2004 e teve com precisão, sua órbita, tamanho e rotação mapeadas;
  • Acredita-se que originalmente sua órbita era entre Marte e Júpiter, no cinturão de asteroides, mas foi eventualmente arremessado para mais perto da Terra;

Quando a OSIRIS-APEX fizer sua aproximação com a rocha, ela irá disparar seus propulsores para levantar rochas e poeira soltas na superfície. A análise desse material irá fornecer aos cientistas uma oportunidade de analisar a estrutura e composição química do asteroide.

Até lá, a sonda não irá se comunicar com a Terra, exceto pelos seus sistemas críticos. Quando ela se encontrar mais distante do Sol, em março de 2024, seus instrumentos deverão ser ligados e testados.