Após confirmar espionagem, Apple dificulta acesso a notificações por governos

Empresa da maçã informou que exigirá ordem judicial para entregar tais dados
Rodrigo Mozelli13/12/2023 21h02
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Imagem: Rodrigo Mozelli (gerada com IA)/Olhar Digital
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Depois da revelação de que os governos mundiais espionam usuários de smartphones por meio de notificações push, a Apple tomou atitude para dificultar a obtenção desses dados.

Agora, a empresa da maçã informou que exigirá ordem judicial para entregar tais dados, algo que não era solicitado anteriormente. Isso a coloca em linha com as políticas de segurança do rival Google e aumenta as dificuldades para autoridades recolherem dados pessoais.

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Segundo a Reuters, a nova política não foi anunciada oficialmente, mas surgiu nos últimos dias nas diretrizes de aplicação da lei disponíveis publicamente da Apple.

Notificações push

  • As notificações push são diferentes das demais ferramentas usadas por apps, pois passam por servidores de Google e Apple;
  • Dessa forma, fica mais fácil aos órgãos governamentais obter os dados necessários, pois tais notificações não são criptografadas e podem fornecer gastos do usuário, dados de geolocalização, hábitos, etc.;
  • Tanto Apple como Google admitiram que recebem pedidos sigilosos por esses dados.

A Apple acrescentou ainda que tais dados estavam disponíveis “com intimação ou processo legal maior”. O Google, por sua vez, emitiu um comunicado oficial afirmando que sempre solicitou aprovação judicial para liberar tais dados.

A ameaça ao domínio da Apple e do Google no mercado de apps

Apple e Google enfrentam desafios legais globais por supostamente exercerem monopólio ilegal em suas lojas de aplicativos – e isso ameaça seu domínio sobre a economia da Internet.

Para quem tem pressa:

  • Desafios Legais para Apple e Google: Ambas as empresas enfrentam desafios legais em várias jurisdições por suposto monopólio em suas lojas de aplicativos, o que ameaça seu controle sobre a economia da Internet;

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.