Apple, Visa e Mastercard são acusadas de impedir competição; entenda

De acordo com uma ação coletiva, as empresas firmaram acordo ilegais, impedindo a competição de outras redes de pagamento
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 18/12/2023 16h08
Apple Pay
(Imagem: DenPhotos/Shutterstock)
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Uma ação coletiva aberta no tribunal federal de East St. Louis, no estado de Illinois, nos EUA, na última semana, acusa a Apple, Visa e Mastercard de conspirarem para impedir a concorrência por serviços de rede de cartões de pagamento em pontos de venda. Como reportou a Reuters, as empresas teriam forçado os comerciantes a pagarem taxas mais altas por transações de crédito e débito.

A ação, que conta com o depoimento da Mirage Wine & Spirits, afirma que a fabricante de smartphones firmou acordos ilegais com as duas operadoras de cartão de crédito.

Dessa forma, as empresas eliminaram os incentivos para que qualquer outra concorrente criasse suas próprias redes de pagamento e utilizasse a funcionalidade NFC (pagamento por aproximação) do iPhone em comércios.

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De acordo com o processo, Visa e Mastercard pagaram para um “suborno em dinheiro muito grande e contínuo” de centenas de milhões de dólares por ano, como informou a Reuters. As empresas ainda não se pronunciaram sobre as acusações.

A reclamação ainda cita que os dispositivos Android, ao contrário da Apple, permitem carteiras móveis de empresas terceiras.

Visa e Mastercard poderão pagar até US$ 6 milhões para clientes por cobranças indevidas

  • As operadoras de cartões Visa e Mastercard estão passando por um processo antitruste que as acusa de fixar “taxas de intercâmbio” entre plataformas de pagamento no varejo para beneficiar os seus clientes. 
  • Na prática, as empresas dificultavam o processo dos comerciantes varejistas de direcionarem compradores para outros meios de pagamento, cobrando taxas mais altas ou os forçando a aumentar o preço dos produtos.
  • Agora, clientes poderão reaver o dinheiro “extra” desembolsado por causa da medida, que pode chegar a US$ 6,24 milhões.
  • Saiba mais.

Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.