Você sabia que alguns órgãos podem envelhecer mais rapidamente do que o restante do corpo? Determinar a idade real deles sempre foi um desafio para os cientistas, exigindo a extração de amostras de tecido. Mas agora, um novo exame de sangue simples e barato promete revolucionar a área.

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Envelhecimento dos órgãos

  • O envelhecimento dos órgãos depende de vários fatores. 
  • Onde o metabolismo é mais acelerado, caso do coração, fígado ou rins, geralmente o envelhecimento se dá de forma mais rápida.
  • Já os órgãos que são adequadamente supridos com sangue recebem mais nutrientes e oxigênio, o que remove as toxinas e faz com que o desgaste seja mais lento
  • Doenças, lesões ou infecções, no entanto, podem levar à degeneração acelerada.
  • Fatores ambientais, como exposição à radiação UV e poluição, também influenciam acelerando o envelhecimento.
  • Além da genética, a capacidade regenerativa, ou seja, a capacidade de curar a si mesmo, também desempenha um papel importante.
  • O sistema nervoso central, por exemplo, só pode se regenerar de maneira limitada.
Ilustração realista de coração e sistema circulatório de uma pessoa
Envelhecimento acelerado dos órgãos pode gerar problemas de saúde (Imagem: Reprodução/American Health Care Academy)

Como funciona o exame de sangue?

Para determinar a idade dos órgãos de maneira mais fácil, pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um exame de sangue que serve para identificar qual o estado real de onze órgãos, como coração, rins, cérebro, pulmões e fígado.

Essas informações são consideradas fundamentais para a adoção de tratamentos preventivos antes do órgão envelhecido se tornar um problema. Além disso, abrem caminho para abordagens promissoras da medicina regenerativa e na terapia com células-tronco para reparar ou regenerar tecidos danificados ou envelhecidos.

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Os pesquisadores destacam que no caso do cérebro, por exemplo, o envelhecimento aumenta o risco de desenvolver demência. Já no rim, é possível desenvolver diabetes e pressão alta. Enquanto um coração muito envelhecido pode falhar mais rápido, levando à morte.

No exame de sangue são analisadas proteínas específicas de órgãos. Após a coleta, um algoritmo usa as informações para determinar a idade da pessoa testada e a dos onze órgãos mais importantes do corpo dela.

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Ao analisar dados de 5.676 adultos de diferentes faixas etárias, pesquisadores descobriram que quase 20% da população apresenta envelhecimento mais acelerado de um órgão. A análise também mostrou que o envelhecimento precipitado dos órgãos aumenta o risco de mortalidade de 20% a 50%. Pessoas com um coração envelhecido têm um risco 250% maior de sofrer insuficiência cardíaca.

Além disso, foi demonstrado que o envelhecimento acelerado do cérebro e dos vasos sanguíneos é responsável pela rápida progressão da doença de Alzheimer. Os pesquisadores agora querem utilizar o mesmo exame de sangue para determinar a idade de outros órgãos, como os reprodutivos. As informações são do G1.