IA: Google vai limitar uso do Bard para consultas sobre eleições

Medida foi tomada em função da proximidade com as eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para o ano que vem
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 21/12/2023 04h40
Bard google
gguy/Shutterstock
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O ano de 2024 será marcado pela realização de diversos processos eleitorais pelo mundo. Entre eles, uma das mais disputadas e polêmicas eleições presidenciais da história dos Estados Unidos. E para se preparar para o pleito, o Google, da Alphabet, informou que limitará os tipos de consultas relacionadas às eleições que seu chatbot Bard poderá responder.

Leia mais

IA e eleições

  • As restrições devem ser aplicadas até o início de 2024.
  • Além da corrida à Casa Branca, ocorrerão no ano que vem as eleições na Índia, a maior democracia do mundo.
  • Já aqui no Brasil acontecem as eleições municipais.
  • Segundo a Alphabet, a decisão de limitar as consultas sobre os pleitos faz parte dos esforços da empresa para “trabalhar com um foco crescente no papel que a inteligência artificial pode desempenhar ao atender eleitores”.
  • As informações são do UOL.
Uso da IA nas eleições presidenciais dos EUA preocupa (Imagem: rafapress/Shutterstock)

Temores sobre o uso da tecnologia

O movimento não é exclusivo da dona do Google. A Meta, proprietária do Facebook, informou em novembro deste ano que proibirá campanhas políticas e anunciantes de outros setores regulamentados de usar seus novos produtos de publicidade com IA generativa.

Os anunciantes na Meta também terão que divulgar quando utilizaram a inteligência artificial ou outros métodos digitais para alterar ou criar anúncios políticos, sociais ou relacionados às eleições no Facebook e Instagram.

Por outro lado, o X, antigo Twitter, passou a permitir a publicidade política nos EUA de candidatos e partidos políticos. A decisão foi adotada após a aquisição da rede social por Elon Musk e reverteu a proibição em curso na plataforma desde 2019.

O uso da IA em período eleitoral é motivo de polêmica em razão dos riscos relacionados ao aumento das fake news sobre eleições. Além disso, governos de todo o mundo têm se mobilizado para regular o uso da tecnologia.

Recentemente, pesquisadores descobriram que chatbots como o Copilot, da Microsoft, dão respostas imprecisas em uma em cada três perguntas básicas sobre eleições. As imprecisões incluíam dar a data errada para o pleito, relatar números de pesquisas desatualizados ou equivocados, listar candidatos que haviam se retirado da corrida eleitoral e inventar controvérsias sobre candidatos em alguns casos.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.