Um estudo publicado nesta sexta-feira (22) aponta que a qualidade do ar piorou na China pela primeira vez desde 2013, quando o país lançou uma campanha de “guerra à poluição“. Segundo o levantamento, 80% das capitais provinciais chinesas, incluindo Pequim, registraram níveis mais elevados de concentração de partículas PM2,5 em 2023, em relação ao ano anterior.

Leia mais

publicidade

Pequim enfrenta “poluição grave”

  • O estudo foi realizado por uma instituição independente com sede na Finlândia.
  • Ele aponta que a piora da qualidade do ar é causada por um aumento geral das emissões de origem humana somadas a condições meteorológicas desfavoráveis.
  • O índice oficial da qualidade do ar na capital chinesa, por exemplo, ficou em 500, o nível mais alto registado, o que significa “poluição grave”.
  • As informações são de O Globo.

Recuperação da atividade econômica prejudica qualidade do ar

Em 2023, a China suspendeu as drásticas medidas impostas contra a pandemia Covid-19, que provocaram uma forte redução da atividade econômica durante os três anos anteriores. Isso também pode ser uma explicação para a piora da condição do ar no país, uma vez que os chineses são os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo.

Um outro estudo de um consórcio internacional de cientistas climáticos indicava um aumento de 4% das emissões de CO2 neste ano na China. Nesse trabalho, eles destacavam que isso seria resultado da maior queima de combustíveis fósseis à medida que o país se recupera da crise sanitária.

publicidade

O país asiático lançou em 2013 uma “guerra à poluição” e fechou dezenas de usinas a carvão, deslocando instalações industriais pesadas para combater o “smog” que cobria a maioria de suas grandes cidades, especialmente no inverno.

Até agora, a campanha permitiu uma redução contínua da concentração de partículas PM2,5 no ar, embora sem cumprir as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a agência da ONU, uma exposição prolongada a níveis excessivos de concentração dessas partículas pode provocar doenças cardíacas, câncer de pulmão e infecções respiratórias.