O telescópio espacial James Webb identificou uma nova supernova numa galáxia já conhecida por astrônomos. A descoberta ajudará os astrônomos nos estudos com a Constante de Hubble – um cálculo essencial para medir a taxa de expansão do universo.

Como explica o site Space, a captura foi possível graças as lentes gravitacionais, um efeito de luz previsto por Albert Einstein em que a curvatura do espaço-tempo e as três dimensões do espaço e do tempo unidas são reunidas numa só, resultando numa visão deformada, ampliando ou distorcendo a luz distante do espaço.

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Em 2016, o Telescópio Espacial Hubble capturou uma imagem da galáxia MRG-M0138. No entanto, após análises três anos, descobriu-se que ela continha uma distorção de cinco imagens separadas pelas lentes gravitacionais do aglomerado de galáxias MACS J0138.0-2155, há 4 bilhões de anos-luz da Terra.

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Verificando as imagens, os cientistas notaram uma luz de uma brilhante explosão estelar, ou supernova, dentro da MRG-M0138 (imagens abaixo). O corpo celeste foi nomeado de Requiem.

Porém, em análises mais recentes, os astrônomos da NASA descobriram que a mesma galáxia conta com uma nova supernova — agora descoberta graças ao James Webb. Os cientistas nomearam a nova explosão estelar de Encore.

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Supernova James Webb
(Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI/Justin Pierel (STScI)/Andrew Newman (CIS))

A descoberta das duas supernovas pode ajudar a resolver uma das maiores incógnita da astronomia: a Constante de Hubble. Supernovas como essa pertencem à categoria “Ia” (explosões de uma estrela anã) e são especialmente úteis para medir distâncias cósmicas, como explicam os astrônomos da NASA Justin Pierel e Andrew Newman:

Medindo as diferenças nos tempos em que as imagens de supernova aparecem, podemos medir a história da taxa de expansão do universo, conhecida como constante de Hubble, que é um grande desafio na cosmologia hoje.

Justin Pierel e Andrew Newman da NASA.

Segundo os astrônomos, quando ocorre a explosão de uma supernova, suia luz atinge a Terra por vários caminhos diferentes, e esses percursos representam comprimentos diferentes. Dessa forma, a supernova pode aparecer nas imagens sendo separada por dias, semanas e até anos.

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Ao medir as diferenças nos tempos em que as imagens das supernovas aparecem, podemos medir a história da taxa de expansão do universo, conhecida como constante de Hubble, que é um grande desafio na cosmologia hoje.

Justin Pierel e Andrew Newman da NASA.

A expectativa dos pesquisadores é que uma nova imagem dessas supernovas seja formada em 2035, proporcionando uma nova medição da constante de Hubble.

Ficou curioso para saber como funciona a medição que calcula o tamanho do Universo? O Olhar Digital publicou uma matéria na qual explica a história e como é calculada a constante de Hubble.