Os propulsores laterais de um foguete Longa Marcha 3B utilizado no lançamento de dois satélites no último dia 25 de dezembro caíram próximos a uma área habitada na região de Guangxi, no sul da China. Moradores da região registraram imagens de explosões após a queda dos destroços no local. Ninguém ficou ferido.

  • Dois satélites de localização foram lançados;
  • Eles compõe o Sistema de Navegação por Satélite Beidou da China (um tipo de GPS Chinês);
  • O lançamento aconteceu por volta da 00h26 (horário de Brasília) no dia de Natal;
  • As informações são da Administração Espacial Nacional da China.

Os satélites de localização entraram com sucesso na órbita média da Terra e os propulsores fizeram uma violenta entrada. Esse tipo de lançamento chinês já foi alvo de polêmicas antes justamente pela entrada descontrolada dos destroços.

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O jornalista Andrew Jones compartilhou em sua conta no X (antigo Twitter) algumas imagens de explosões captadas por moradores da região e originalmente postadas na rede social chinesa Weibo.

“O primeiro estágio e os quatro propulsores laterais da Longa Marcha 3B usam a combinação de propelente hipergólico de hidrazina e tetróxido de nitrogênio. Tanto o oxidante de tetróxido de nitrogênio quanto o combustível UDMH apresentam sérios riscos à saúde”, informou o SpaceNews.com.

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Destroços de foguete da China já causaram problemas 

De acordo com os relatos, além da explosão na floresta, restos do foguete teriam caído perto de uma casa. Esse novo caso pode aumentar a pressão de agências espaciais em cima dos lançamentos chineses e suas entradas descontroladas na Terra.

Ao contrário da maior parte dos lançamentos espaciais atuais que ocorrem na costa, permitindo que os destroços caiam no Oceano, a China lança foguetes do interior do país, o que aumenta a probabilidade de que os restos atinjam áreas urbanas.

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O Longa Macha 5, um enorme foguete chinês, é conhecido por suas entradas descontroladas e possivelmente imprevisíveis na Terra. A Administração Chinesa alega ter controle sobre o local de queda, mas agências espaciais ocidentais já questionaram isso. 

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O lançamento do último Natal colocou na órbita os satélites de número 57 e 58 do Beidou. A dupla vai atuar como backup, reduzindo os riscos operacionais do sistema Beidou-3. Esta rede de satélites garante uma cobertura de sinal contínua e estável para os sistemas de navegação globais da China.