Em 1977, a NASA enviava ao espaço as sondas espaciais Voyager 1 e 2, com os famosos discos de ouro. Neles, a representatividade humana registrava que havia vida na Terra para possíveis alienígenas. Mas o que dizer do satélite de madeira que a NASA planeja enviar ao espaço?

Será mais uma espécie de objeto com algum propósito universal? Ou será algo inovador que modificará algum tipo de processo necessário ao universo? Confira a seguir e descubra!

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Por que a NASA planejou enviar um satélite de madeira ao espaço?

A NASA e a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) se juntaram para preparar o lançamento do primeiro satélite de madeira ao espaço. Acontece que existem atualmente mais de 11 mil toneladas de objetos espaciais, bem como satélites inoperacionais e fragmentos de foguetões, orbitando em volta da Terra.

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A iniciativa visa a sustentabilidade, por isso, o satélite cujo nome foi intitulado “LignoSat” será construído a base de madeira, que é um material biodegradável. A matéria-prima escolhida para desenvolver o satélite foi a madeira de magnólia, que já mostrou evidências de sua adequação em utilização no espaço.

O interessante é que o LignoSat é tão revolucionário, pois consiste em um satélite do tamanho de uma xícara de café. Além de ser feito de um material sustentável, o satélite pode resolver outro problema, como evitar mais poluição luminosa no espaço.

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De acordo com a Agência de Notícias DW da Alemanha, há cerca de 10.590 satélites que orbitam atualmente a Terra, dos quais cerca de 8.800 ainda estão em funcionamento. O que acontece é que esses detritos espaciais aumentam a poluição luminosa e dificultam a observação de fenômenos espaciais distantes.

Mas será que o LignoSat pode sofrer danos no espaço?

A boa notícia é que mesmo sendo feito de madeira, o satélite não queima, não apodrece e nem se deforma. A matéria-prima não corre o risco de arder e nem se decompor no espaço. No entanto, ela pode ser incinerada ao adentar novamente na atmosfera terrestre, formando uma fina cinza.

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Dessa forma, todas essas características tornam o LignoSat uma alternativa biodegradável e eficaz para os futuros satélites.

Como foi o processo de escolha da madeira?

Inicialmente foram realizados testes de exposição espacial com diferentes tipos de madeira durante mais de 290 dias no módulo experimental japonês Kibo, na Estação Espacial Internacional (ISS), em 2020.

Fizeram parte desses testes, pedaços de magnólia, cerejeira e bétula, de maneira que elas foram expostas às condições extremas do espaço (mudanças de temperatura, radiação cósmica e partículas solares intensas).

Ao final dessas aplicações, os pesquisadores deram o troféu de resistência a madeira de magnólia, já que a matéria-prima não apontou em nenhum momento de indícios de transformação, deformação ou danos na superfície. Vale lembrar que eles chegaram a essa conclusão após 10 meses de testes com madeira de magnólia.