Helicóptero desaparecido em SP: conheça avião de elite da FAB usado na busca

Helicóptero desapareceu rumo à Ilhabela; expedição de busca acontece em avião militar da FAB com equipe especializada
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Gabriel Sérvio 03/01/2024 17h54
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SC-105 Amazonas (Foto: FAB/Reprodução)
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A Força Aérea Brasileira (FAB) designou o avião C295, conhecido como SC-105 Amazonas, para as buscas do helicóptero desaparecido no litoral de São Paulo no último domingo (31). O modelo é usado por exércitos ao redor do mundo e exige uma equipe treinada previamente.

As operações começaram na segunda-feira, primeiro de janeiro de 2024.

Leia mais:

Expedição da FAB em busca do helicóptero

O SC-105 é fabricado pela Airbus e, de acordo com o g1, é usado por forças armadas mundiais, como as da Espanha e da Índia.

Para participar das expedições de busca e salvamento no Brasil, os tripulantes precisam de treinamento prévio. A equipe responsável é o Esquadrão Pelicano, que fica em Campo Grande (MS).

Desde o dia 1º, 15 dos agentes treinados estão se revezando para voar em média 9 horas por dia sobre a região de Caraguatatuba, decolando e reabastecendo em São José dos Campos.

SC-105 Amazonas (Foto: FAB/Reprodução)

Como é o avião da FAB

  • O SC-105 pode visualizar pequenos alvos em alto mar, incluindo o periscópio de submarinos, botes e praticantes de mergulho. Isso, mesmo em condições meteorológicas desfavoráveis, como através de nuvens.
  • Ele também pode decolar e pousar em pistas despreparadas ou improvisadas, se tornando ideal para missões de reabastecimento ou em locais isolados.
  • De acordo com a FAB, o modelo tem um sistema eletro-óptico infravermelho para detectar contraste termal, ou seja, a diferença de temperatura. Dessa forma, o modelo consegue encontrar objetos independentemente da luz ambiente, além de gerar imagens coloridas e aproximadas em 18 vezes.
  • Isso possibilita missões noturnas e em todo tipo de tempo, ganhando tempo para o resgate.
  • O SC-105 ainda conta com radar com abertura sintética, que cria imagens de um objeto; integração de sistema, para permitir que o operador veja todas as informações dos sensores e radares de forma conjunta; e imageamento por infravermelho, para achar sobreviventes em destroços, matas fechadas e no mar.
  • Outro diferencial é o monitoramento do ambiente em 360º simultaneamente, alcançando até 640 alvos em um raio de 370 km e 139 km/h.
Radar do SC-105 (Imagem: Airbus/Reprodução)

Relembra caso do helicóptero desaparecido

Um helicóptero modelo Robinson 44 desapareceu no dia 31 de dezembro, após decolar do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral.

O último contato da aeronave foi às 15h10 do mesmo dia, sobre a região de Caraguatatuba, também no litoral paulista. Por volta das 22h40, as autoridades foram notificadas sobre o desaparecimento.

As buscas se iniciaram no dia seguinte. Segundo a Polícia Militar, o helicóptero levava três passageiros e o piloto. De acordo com g1, eles iam passar a virada do ano em Ilhabela.

O piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, já teve sua habilitação cassada por conduta grave contra um funcionário da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Essa é a penalidade máxima do órgão.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.