UE pode investigar aporte financeiro da Microsoft na OpenAI

Ideia veio à tona um mês após o Reino Unido afirmar que também está estudando se parceria entre as companhias pode impactar na competição de mercado
Rodrigo Mozelli09/01/2024 19h08
Colaboração OpenAI e Microsoft
Imagem: Poetra.RH/Shutterstock
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A União Europeia (UE) está analisando a possibilidade de investigar os investimentos realizados pela Microsoft na OpenAI sob as regulações de fusão do bloco.

A ideia de analisar os gastos da gigante de softwares na criadora do ChatGPT veio à tona um mês após o Reino Unido afirmar que também está estudando se a parceria entre as companhias pode impactar na competição de mercado.

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Microsoft e OpenAI serão investigadas?

  • A Comissão Europeia, braço executivo da UE, comunicou a ideia nesta terça-feira (9);
  • O comunicado foi feito ao passo em que busca a opinião de partes interessadas no nível de competição em mundos virtuais e inteligência artificial (IA) generativa;
  • A UE pede essa opinião das partes interessadas até 11 de março;
  • O órgão também visa opiniões acerca do que a lei de competição pode fazer para manter esses novos mercados competitivos, narra o The Wall Street Journal.

A Comissão Europeia afirmou na nota que “está checando se os investimentos da Microsoft na OpenAI podem ser reanalisados sob a Regulação de Fusões da UE”.

No mês passado, a Autoridade de Competição e Mercados do Reino Unido afirmou estar buscando, à época, opiniões sobre se a parceria entre OpenAI e Microsoft pode ser considerado uma fusão efetivamente falando, em passo preliminar que pode levar a investigação formal.

Ecos da volta de Sam Altman à OpenAI

As movimentações acerca dessa parceria na Europa ocorrem após a onda provocada pela abrupta (e rápida) demissão e posterior recontratação de Sam Altman como CEO da OpenAI no fim do ano passado, junto à formação de novo corpo de diretores e conselheiros.

A Microsoft informou que, desde 2019, sua parceria com a OpenAI promoveu mais inovações de IA e competição, enquanto preserva a independência de ambas as companhias.

“A única coisa que mudou, recentemente, é que a Microsoft, agorá, vai ter um representante sem direito a voto no conselho da OpenAI”, informou um porta-voz da empresa. Por sua vez, a OpenAI não quis responder sobre o assunto.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.