Cidade perdida encontrada nas profundezas da floresta amazônica

Arqueólogos usaram lasers para visualizar antiga civilização escondida na floresta amazônica
Por Gabriel Sérvio, editado por Lucas Soares 12/01/2024 18h23, atualizada em 24/01/2024 08h54
Imagem mostra uma região da floresta amazônica, iluminada pelo pôr do sol, com as árvores e neblina na parte de baixo
(Imagem: streetflash/Shutterstock)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Arqueólogos estudam o Vale Upano, no Equador, há várias décadas. No entanto, foi só quando observaram a paisagem usando LiDAR aéreo — um método que usa pulsos de laser refletidos na paisagem — que conseguiram encontrar estruturas escondidas sob a densa vegetação da floresta amazônica.

O que foi descoberto

  • Uma rede complexa de estruturas e estradas milenares escondidas sob a copa da Amazônia foram reveladas.
  • Com 2.500 anos, este é o primeiro (e maior) exemplo de civilização agrícola já registrado na densa floresta tropical.
  • O achado mostrou quão elaborada era a civilização, que ocupou a região desde cerca de 500 a.C. até algum momento entre 300 e 600 d.C., segundo escavações arqueológicas.
  • As imagens captadas também mostraram que o local tinha milhares de plataformas retangulares de terra, estruturas de praças e montes interligados por uma extensa rede de estradas e caminhos para pedestres.
Arqueólogos conseguiram obter imagem de um antigo centro urbano. (Crédito: Stéphen Rostain)

Leia mais:

Os pesquisadores usaram o mesmo método para avaliar metade do extenso local construído por culturas pré-hispânicas que cobre cerca de 600 quilômetros quadrados.

Com base em seu tamanho e complexidade, o local se assemelha a sistemas urbanos maias na América Central. (Crédito: Stéphen Rostain)

As ruas não apenas cruzavam o local, mas também levavam para fora. Todas essas estradas funcionavam juntas e eram usadas para conectar a comunidade.

Stéphen Rostain, arqueólogo e diretor de pesquisa do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), ao portal Live Science

Os pesquisadores também descobriram agrupamentos de quase 15 assentamento que variavam em tamanho e número de estruturas. Alguns também tinham “enormes montes” de até 8 metros de altura, disse Rostain, reforçando o quão elaborado o local é tanto na variedade de construções quanto na enormidade de algumas estruturas.

As informações são do Live Science. Já o estudo foi publicado nesta quinta-feira (11) na revista Science.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.