Na sexta-feira (12), a SpaceX, de Elon Musk, publicou, no X (ex-Twitter), que também pertence ao bilionário australiano, um vídeo de 50 minutos, no qual Musk fez uma atualização sobre a empresa, especialmente sobre o foguete Starship, que, em novembro, teve um de seus estágios explodidos acidentalmente em seu segundo voo.

Contudo, o veículo estava funcionando muito bem até aquele ponto e provavelmente teria continuado nesse caminho se tivesse sido um voo operacional normal, segundo Musk.

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“O segundo voo quase foi à órbita”, seguiu Musk. A explosão foi causada por ventilação de oxigênio líquido, segundo o CEO, e ainda havia oxigênio líquido restante para ventilar apenas porque a Starship não estava transportando nenhum satélite naquele dia.

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Musk afirmou ainda que, “normalmente, não teríamos esse oxigênio se tivéssemos carga útil. Então, ironicamente, se tivesse carga útil, teria alcançado a órbita”.

Starship

  • Como ressalta o Space.com, a SpaceX está desenvolvendo o Starship para auxiliar a humanidade a chegar à Marte, além de alcançar outros objetivos exploratórios;
  • Ele consiste em um reforço de primeiro-estágio chamado Super Heavy e um estágio superior, com cerca de 50 metros de altura;
  • Ambos foram desenhados para serem rápida e completamente reutilizáveis.

Até aqui, o veículo espacial foi lançado duas vezes, ambos da Starbase. No primeiro, em 20 de abril do ano passado, terminou após quatro minutos com uma detonação controlada.

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A SpaceX ordenou a detonação porque a Starship sofreu vários problemas sérios, sendo o principal a não-separação de seus dois estágios. Já o realizado em 18 de novembro correu bem mais suave, na visão de Musk, o que o deu visão otimista para missões futuras.

“Acho que temos chance muito boa de alcançar a órbita com o terceiro voo e, em seguida, uma cadência rápida para alcançar a reutilização completa e rápida”, previu.

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O terceiro voo do Starship deve ser realizado em fevereiro, contanto que a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, da sigla em inglês) emita licença a tempo (neste momento, a FAA supervisiona as investigações sobre o ocorrido no segundo voo da espaçonave).

Musk espera que seu desenvolvimento rápido e antecipado leve ao status operacional em breve. Ele afirmou que sua empresa espacial almeja iniciar os lançamentos de sua grande e nova geração de satélites da Starlink no pelo Starship no fim do ano.

Por sua vez, a NASA quer ver o Starship preparado e funcionando o mais breve possível. A agência selecionou o veículo da SpaceX para ser o responsável por enviar a primeira equipe de astronautas à Lua pela missão Artemis.

O Starship colocará os astronautas na superfície lunar pela primeira vez na missão Artemis 3, com expectativa de ser lançada em setembro de 2026.

O veículo espacial já é o maior e mais potente foguete já construído. Ele tem cerca de 122 metros ao todo e gera 16,7 toneladas de impulso ao decolar – quase duas vezes o impulso do megafoguete do Sistema de Lançamento Espacial da NASA, parte central do programa Artemis.

Vale dizer, contudo, que o Starship atual é apenas um protótipo. A versão final será ainda maior, Musk afirmou na atualização recente.

A SpaceX está trabalhando em “uma espécie de nave Versão 2, que será mais confiável, com melhor desempenho e [com melhor] resistência”, disse. “Temos projeto de nave da Versão 3 que vai crescer, que será ainda mais alto – provavelmente acabará tendo, não sei, 140 metros antes de tudo ser dito e feito, talvez 150 [metros] no final, em comprimento.”