O explorador robótico japonês “Moon Sniper” pousou na Lua, mas enfrenta problemas em gerar eletricidade devido à falha da célula solar. Hitoshi Kuninaka, vice-presidente da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), confirmou que o robô japonês se comunica com a estação terrestre e responde aos comandos. Mas destacou a preocupação com a limitação de energia.

Para quem tem pressa:

  • O “Moon Sniper”, robô japonês, aterrissou com sucesso na Lua, mas enfrenta um desafio: a falha de sua célula solar, que impede a geração adequada de eletricidade. Hitoshi Kuninaka, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), confirmou que o robô mantém comunicação e obedece a comandos, mas limitação de energia preocupa;
  • A equipe da JAXA investiga por que a célula solar do “Moon Sniper” não funciona corretamente. Uma hipótese é que o ângulo da espaçonave possa ter comprometido a recarga das células solares, e espera-se que mudanças na posição melhorem a situação;
  • O Japão se destacou ao se tornar o quinto país a realizar um pouso suave na Lua, com o SLIM aterrissando perto da cratera Shioli. Este sucesso é marcante, mas limitado pela incapacidade do robô de gerar energia suficiente para operações prolongadas;
  • Namrata Goswami, pesquisadora de política espacial, ressalta a importância do pouso do SLIM para a Ásia, destacando que apenas China, Índia e agora o Japão conseguiram pousos bem-sucedidos na Lua na última década, reforçando a relevância da região na corrida espacial.

A equipe da JAXA analisa a causa do problema na célula solar do robô japonês, que integra a missão SLIM (Smart Lander for Investigating Moon). Há a possibilidade de a espaçonave não estar na posição correta, o que comprometeria a recarga das células solares. A equipe espera que a mudança do ângulo solar permita que as células se recarreguem.

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Japão na Lua

Representação artística do módulo SLIM se aproximando da superfície lunar (Imagem: JAXA/Divulgação)

O Japão alcançou um marco importante ao se tornar o quinto país do mundo – e terceiro no século 21 – a realizar um pouso suave na Lua. Utilizando tecnologia de precisão, o SLIM pousou mais próximo de seu local alvo do que qualquer missão anterior, segundo a revista científica Nature.

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O pouso bem-sucedido ocorreu perto da cratera Shioli, ao sul do equador lunar, cerca de quatro meses após o lançamento da espaçonave do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão. Apesar da conquista, a falta de geração de eletricidade pelas células solares do SLIM significa que a espaçonave funciona apenas com energia de bateria, esperada para durar algumas horas.

Este pouso do Japão bem-sucedido na Lua ocorre num contexto de missões lunares desafiadoras e fracassos recentes. A missão japonesa sucede o lançamento fracassado de uma espaçonave comercial dos EUA para a Lua e um módulo de pouso comercial japonês que colidiu com a Lua no ano anterior.

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Namrata Goswami, pesquisadora de política espacial na Universidade do Estado do Arizona, destacou o pouso bem-sucedido do SLIM como uma grande vitória para a Ásia no campo da exploração espacial. Nos últimos dez anos, apenas China, Índia e agora o Japão conseguiram pousar uma espaçonave na Lua, com a Índia tendo um pouso bem-sucedido em agosto de 2023.