Mais de 1,1 mil. Esse foi o total de desastres hidrológicos e geohidrológicos ocorridos no Brasil em 2023, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que monitora 1.038 municípios. Em média, foram três por dia. Dos 1.161 registrados – um recorde –, 716 foram hidrológicos (transbordamentos de rios, por exemplo) e 445 foram geológicos (deslizamentos de terra).

Para quem tem pressa:

  • Em 2023, o Brasil enfrentou um número recorde de desastres naturais, com mais de 1,1 mil ocorrências registradas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Manaus (AM) liderou o ranking de ocorrências de desastres naturais, enquanto Petrópolis (RJ) registrou o maior número de alertas;
  • O Cemaden emitiu mais de 3,4 mil alertas de desastres naturais em 2023 – nove por dia, em média. Esses eventos refletem as mudanças climáticas, especialmente a transição do La Niña para o El Niño, que alterou o padrão de chuvas no Brasil, segundo o Cemaden;
  • Os desastres naturais em 2023 no Brasil resultaram em 132 mortes e mais de nove mil feridos ou doentes. Cerca de 74 mil pessoas ficaram desabrigadas, enquanto mais de 524 mil foram desalojadas devido a esses eventos.

Essa é a primeira vez que o Brasil ultrapassa a marca de mil desastres naturais registrados em um único ano. Além das ocorrências, o Cemaden emitiu 3.425 alertas de desastres no país ao longo do ano passado, com uma média de nove alertas diários, conforme publicado pelo G1.

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Desastres naturais no Brasil em 2023

Escombros de um dos desastres naturais ocorridos em 2023
(Imagem: austinding/Shutterstock)

O Cemaden atribui o aumento no número de desastres naturais à mudança climática, destacando a transição do fenômeno La Niña para o El Niño, que alterou o padrão das chuvas no país em relação à média histórica.

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Em 2023, os desastres naturais no Brasil resultaram em 132 mortes relacionadas às chuvas. Além disso, 9.263 pessoas ficaram feridas ou doentes e cerca de 74 mil pessoas ficaram desabrigadas em decorrência desses eventos.

O total de pessoas desalojadas devido a desastres naturais no ano passou de 524 mil. Os desastres também causaram consideráveis prejuízos econômicos, com um impacto estimado em cerca de R$ 25 bilhões, afetando tanto áreas públicas quanto privadas.

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Ocorrências e alertas

Pessoas atravessando avenida com guarda-chuva durante temporal no Rio de Janeiro
(Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em relação às ocorrências, Manaus (AM) liderou o ranking nacional. Confira abaixo a lista das dez cidades com maior número de ocorrências registradas, segundo o Cemaden:

  1. Manaus (AM): 23;
  2. São Paulo (SP): 22;
  3. Petrópolis (RJ): 18;
  4. Brusque (SC): 14;
  5. Barra Mansa (RJ): 14;
  6. Salvador (BA): 11;
  7. Curitiba (PR): 10;
  8. Itaquaquecetuba (SP): 10;
  9. Ubatuba (SP): 9;
  10. Xanxerê (SC): 9.

Já sobre os alertas de desastres, 1.813 foram hidrológicos e 1.612 foram geohidrológicos. E Petrópolis (RJ) foi a cidade com o maior número de alertas (61), seguida por São Paulo, com 56 alertas. Veja abaixo a lista de dez municípios com maior número de alertas:

  1. Petrópolis (RJ): 61;
  2. São Paulo (SP): 56;
  3. Manaus (AM): 49;
  4. Belo Horizonte (MG): 40;
  5. Rio de Janeiro (RJ): 35;
  6. Juiz de Fora (MG): 34;
  7. Angra dos Reis (RJ): 30;
  8. Recife (PE): 26;
  9. Teresópolis (RJ): 25;
  10. Nova Friburgo (RJ): 25.